Segundo Andrei Passos Rodrigues, foram mais de 2,5 mil operações neste ano. Crescimento em apreensões, de acordo com ele, foi de 60% comparado ao mesmo período do ano passado. Diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, em entrevista à GloboNews.
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O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, disse nesta sexta-feira (27) que a corporação retirou mais de R$ 4 bilhões em bens do crime organizado em 2024.
Ainda segundo Rodrigues foram realizadas cerca de 2,5 mil operações ao longo deste ano, e o número ainda não está fechado.
“Este ano — o número ainda não está fechado, ainda temos hoje, inclusive, operação em andamento —, nós já apreendemos, ou seja, retiramos do crime organizado, mais de R$ 4 bilhões em bens, valores, móveis, imóveis, aeronaves, veículos, que foram efetivamente apreendidos pela Polícia Federal em suas operações e foram mais de 2,5 mil operações que nós fizemos neste ano de 2024”, pontou o diretor-geral.
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Rodrigues salientou que o crescimento com relação ao mesmo período do ano passado foi de mais de 60% em bens e valores apreendidos.
“Se comparado a 2022, antes de assumirmos a polícia, isso não chegava a R$ 700 milhões apreendidos por ano. Então, saímos de R$ 600, R$ 700 milhões para mais de R$ 4 bilhões de apreensão”, afirmou Rodrigues.
O diretor mencionou ainda que a PF instituiu as 33 forças integradas de combate ao crime organizado.
“Os 27 estados têm nas suas capitais e mais cidades do interior um conjunto de atuação integrada da Polícia Federal com as polícias estaduais onde já realizamos mais de 300 operações, prendemos mais de 1 mil pessoas nesse esforço conjunto com os estados, com as polícias estaduais atuando com as polícias federais”, frisou.
Fiscalização CACs
Andrei Passos Rodrigues citou também o pedido de adiamento por seis meses para a PF assumir a fiscalização das licenças para Colecionadores de armas de fogo, Tiro Desportivo e Caça, os chamados CACs.
Segundo ele, um novo acordo será publicado ainda nesta sexta entre o Ministério da Defesa e o Ministério da Justiça para formalizar esse adiamento.
“No ano passado nós já fizemos um processo de transição de sistemas que já evoluiu bastante. Recebemos parcialmente os recursos no final deste ano”, disse. “Isso vai nos permitir nesse período que solicitamos de prorrogação do processos que assumamos na metade do ano de 2025 esse controle”, prosseguiu.
Um dos motivos para o pedido de adiamento, segundo a PF, tinha a ver com falta de recursos e de pessoal.
A atuação da PF na fiscalização começaria a valer em janeiro de 2025, conforme previsto em decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em julho de 2023. Dessa forma, a responsabilidade de conceder, controlar e fiscalizar os CACs deixará de ser feita pelo Exército Brasileiro.
A declaração foi dada durante entrevista ao programa Em Ponto da GloboNews.