O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse à Polícia Federal (PF) que partiu do ex-ministro do Turismo Gilson Machado uma campanha de doações por Pix que teria arrecadado R$ 1 milhão e que buscava, entre outras coisas, custear a permanência do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos.
Em maio, o ex-ministro publicou um vídeo divulgando o Pix de Bolsonaro. Machado disse que o ex-presidente recebeu R$ 17 milhões em uma vaquinha feita em 2023, mas já tinha gastado R$ 8 milhões em um ano. “Aumentou a despesa dele [Jair Bolsonaro], principalmente porque ele está tendo Eduardo Bolsonaro lá nos EUA, que ele está ajudando também, que não é barato morar nos EUA”, afirmou o ex-ministro. Ele também afirmou que o valor cobriria custos do ex-presidente com despesas hospitalares e jurídicas.
No depoimento à PF, Bolsonaro disse que foi arrecadado R$ 1 milhão e que não pediu, nem tinha conhecimento da iniciativa. Também disse que ficou com o dinheiro e que os R$ 2 milhões que enviou Eduardo são referentes à vaquinha de 2023, e não à campanha de maio deste ano.
“Indagado sobre o pedido realizado por Gilson Machado no dia 16.05.2025 para depósito de valores Pix na conta do declarante [Bolsonaro] e com citação ao custeio de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos; [Bolsonaro] respondeu que comentou com Gilson Machado que estava tendo despesas com Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos; que Gilson Machado tomou a iniciativa de realizar a postagem pedindo Pix sem o conhecimento do mesmo; que não combinou ou pediu a Gilson Machado para realizar as postagens; (…) que não repassou esses valores específicos para Eduardo Bolsonaro”, informou a PF ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta (6).
Em 20 de maio, Eduardo, em vídeo publicado em suas redes sociais, negou que tivesse pedido doações e agradeceu pela “boa vontade” de Gilson Machado, acrescentando que não precisava daquele “tipo de iniciativa” no momento.
Ao deixar a sede da PF nessa quinta-feira (5), Bolsonaro disse a jornalistas que enviou R$ 2 milhões a Eduardo para que o filho não passasse por “dificuldades” nos Estados Unidos. “Hoje eu fui aqui ouvido apenas pela questão de meu recurso que coloquei na conta do meu filho. Lá atrás, eu não fazia campanha, mas foram depositados R$ 17 milhões na minha conta. Eu coloquei R$ 2 milhões na conta dele [Eduardo]”, disse.
“Lá fora é tudo mais caro. Eu tenho dois netos. Ele [Eduardo] está lá fora e não quero que ele passe por dificuldade. É muito? É bastante dinheiro, (…) mas quero o bem-estar dele”, prosseguiu.
No fim de maio, Moraes autorizou a abertura de um inquérito contra Eduardo para que fosse apurada a articulação do parlamentar junto ao governo de Donald Trump por sanções contra autoridades brasileiras.
Moraes atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que investiga se o deputado licenciado, ao defender sanções contra autoridades, praticou coação no curso do processo, obstrução da Justiça e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Eduardo nega que haja ilegalidades em sua conduta.
O ministro determinou que Bolsonaro prestasse depoimento sobre o caso por ser “beneficiado pela conduta” do filho e por já ter declarado ser o responsável financeiro pela manutenção de Eduardo em território americano.
O Valor entrou em contato com a assessoria de Gilson Machado, mas não obteve resposta.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse à Polícia Federal (PF) que partiu do ex-ministro do Turismo Gilson Machado uma campanha de doações por Pix que teria arrecadado R$ 1 milhão e que buscava, entre outras coisas, custear a permanência do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos.
Em maio, o ex-ministro publicou um vídeo divulgando o Pix de Bolsonaro. Machado disse que o ex-presidente recebeu R$ 17 milhões em uma vaquinha feita em 2023, mas já tinha gastado R$ 8 milhões em um ano. “Aumentou a despesa dele [Jair Bolsonaro], principalmente porque ele está tendo Eduardo Bolsonaro lá nos EUA, que ele está ajudando também, que não é barato morar nos EUA”, afirmou o ex-ministro. Ele também afirmou que o valor cobriria custos do ex-presidente com despesas hospitalares e jurídicas.
No depoimento à PF, Bolsonaro disse que foi arrecadado R$ 1 milhão e que não pediu, nem tinha conhecimento da iniciativa. Também disse que ficou com o dinheiro e que os R$ 2 milhões que enviou Eduardo são referentes à vaquinha de 2023, e não à campanha de maio deste ano.
“Indagado sobre o pedido realizado por Gilson Machado no dia 16.05.2025 para depósito de valores Pix na conta do declarante [Bolsonaro] e com citação ao custeio de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos; [Bolsonaro] respondeu que comentou com Gilson Machado que estava tendo despesas com Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos; que Gilson Machado tomou a iniciativa de realizar a postagem pedindo Pix sem o conhecimento do mesmo; que não combinou ou pediu a Gilson Machado para realizar as postagens; (…) que não repassou esses valores específicos para Eduardo Bolsonaro”, informou a PF ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta (6).
Em 20 de maio, Eduardo, em vídeo publicado em suas redes sociais, negou que tivesse pedido doações e agradeceu pela “boa vontade” de Gilson Machado, acrescentando que não precisava daquele “tipo de iniciativa” no momento.
Ao deixar a sede da PF nessa quinta-feira (5), Bolsonaro disse a jornalistas que enviou R$ 2 milhões a Eduardo para que o filho não passasse por “dificuldades” nos Estados Unidos. “Hoje eu fui aqui ouvido apenas pela questão de meu recurso que coloquei na conta do meu filho. Lá atrás, eu não fazia campanha, mas foram depositados R$ 17 milhões na minha conta. Eu coloquei R$ 2 milhões na conta dele [Eduardo]”, disse.
“Lá fora é tudo mais caro. Eu tenho dois netos. Ele [Eduardo] está lá fora e não quero que ele passe por dificuldade. É muito? É bastante dinheiro, (…) mas quero o bem-estar dele”, prosseguiu.
No fim de maio, Moraes autorizou a abertura de um inquérito contra Eduardo para que fosse apurada a articulação do parlamentar junto ao governo de Donald Trump por sanções contra autoridades brasileiras.
Moraes atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que investiga se o deputado licenciado, ao defender sanções contra autoridades, praticou coação no curso do processo, obstrução da Justiça e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Eduardo nega que haja ilegalidades em sua conduta.
O ministro determinou que Bolsonaro prestasse depoimento sobre o caso por ser “beneficiado pela conduta” do filho e por já ter declarado ser o responsável financeiro pela manutenção de Eduardo em território americano.
O Valor entrou em contato com a assessoria de Gilson Machado, mas não obteve resposta.