O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou da cerimônia de inauguração do Viaduto Roza Cabinda, em Juiz de Fora (MG), no triângulo mineiro, nesta sexta-feira, 28 de junho de 2024. No evento estavam presentes a prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão, a primeira-dama, Rosângela Janja da Silva, os ministros de Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Camilo Santana (Educação).
LUCAS REZENDE/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
A nota do PT que reconheceu a reeleição de Nicolás Maduro na eleição presidencial venezuelana deste domingo (28) causou “desconforto” em integrantes da ala moderada do partido.
A avaliação dos petistas moderados é de que o comunicado foi “desnecessário” e “precipitado”, uma vez que foi emitido antes mesmo da divulgação de uma posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou de uma manifestação oficial do governo via Ministério das Relações Exteriores (MRE).
“Totalmente descabido e desnecessário [o comunicado do partido]. De qualquer forma, o governo não tem qualquer obrigação de seguir o PT”, disse um dirigente petista ao blog.
Para essa ala petista, ainda há fatos que precisam ser esclarecidos em relação à apuração da votação, com a apresentação das atas eleitorais.
Resultados divulgados pelo órgão eleitoral oficial da Venezuela informam que Nicolás Maduro foi reeleito com 51,2% dos votos, contra 44% do opositor Edmundo González. A oposição, no entanto, afirma que González venceu com 70%.
Para o campo moderado do partido, a nota petista acaba associando o governo Lula ao ditador venezuelano.
Eleições na Venezuela
Esse grupo lembra que, na campanha presidencial de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dizia que o Brasil corria o risco de “virar uma Venezuela”, caso o PT voltasse ao poder.
Para os moderados do PT, essa associação do governo Lula a uma ditadura sul-americana tem potencial para desgastar a imagem do presidente e acarretar uma perda da popularidade em pesquisas eleitorais, como já ocorreu anteriormente.
Integrantes do governo no Itamaraty e no Palácio do Planalto também demonstraram incômodo com a nota do partido fundado por Lula.
Essas fontes ressaltam que o documento foi divulgado em um momento em que a comunidade internacional contesta o resultado eleitoral que apontou vitória de Maduro.