Viajar com filhos pequenos costuma ser um exercício de criatividade, planejamento e uma boa dose de flexibilidade. Mas quando o destino é a Chapada Diamantina, no coração da Bahia, a equação se transforma em algo próximo à magia. Recentemente, embarquei com minha família em uma jornada de oito dias por esse paraíso de cânions, cachoeiras e vilas históricas. Voltei com o corpo cansado, mas com o espírito revigorado e uma certeza: a Chapada é, sim, um destino perfeito para crianças e seus pais aventureiros.
Lençóis: onde tudo começa com calma
A aventura começou suavemente em Lençóis, principal cidade-base da Chapada. O aeroporto é pequeno, o traslado curto, e o charme da cidade colonial já anuncia os dias intensos pela frente. Nos hospedamos no Hotel Canto das Águas, com quartos espaçosos, café da manhã farto e uma localização que permite caminhar até lojinhas e restaurantes à noite.
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Trilhas e cachoeiras: a natureza como parque de diversões
A cada dia, um cenário cinematográfico diferente. A Cachoeira do Mosquito, apesar do nome curioso, é um convite ao primeiro contato com as trilhas com direito a banho de rio sob uma queda d’água poderosa. O Morro do Pai Inácio vem em seguida, com sua caminhada curta e íngreme, ideal para os pequenos esbanjarem energia. E lá de cima, a vista: um tapete de verde costurado por montanhas e silêncio.
A região do Marimbus, conhecida como o “mini pantanal” da Chapada, revelou-se um dos passeios favoritos das crianças a bordo de canoas conduzidas por remadores locais. O Rio Roncador, com suas piscinas rasas e pedras avermelhadas, foi o cenário ideal para banhos demorados e descobertas em família.
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Experiências sensoriais: da caverna ao poço azul
O Poço Azul é uma verdadeira aula de ciências ao vivo. Mergulhar em suas águas cristalinas, dentro de uma gruta onde a luz solar penetra como um feixe mágico, é quase um rito de passagem para pequenos exploradores. Já no Poço Encantado, onde não se pode nadar, o silêncio toma conta. É um lugar para contemplar — e para brincar de caçar cores nas infinitas nuances de azul. Na Gruta da Lapa Doce, lanternas nas mãos, as crianças descobrem estalactites e estalagmites como se estivessem em um filme de aventura, a caverna vira palco de histórias que só a imaginação infantil é capaz de expandir.
Cultura viva: entre flores, vinhos e ruínas
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Igatu, vilarejo que parece ter saído de um livro de realismo mágico, é um museu a céu aberto. As ruínas do antigo garimpo viram playground natural, e a galeria Arte Memória oferece uma imersão sensível na história e na arte local. A cidade de Mucugê impressiona por toda sua história já que tem um patrimônio histórico e várias casinhas coloridas no melhor estilo colonial preservado e é uma das cidades mais organizadas e limpas da Chapada. A estrutura hoteleira vem crescendo e devido a grande extensão do Parque Nacional, a cidade é uma excelente base para se conhecer os principais passeios que ficam localizados na parte sul do Parque.
No penúltimo dia, fomos até a Cachoeira do Buracão. O nome impressiona — e a queda d’água de 100 metros, ainda mais. A trilha exige fôlego e atenção mas ao se deparar com os cânions vemos que tudo vale a pena. Os mais corajosos conseguem descer até de Rapel. Além disso, a Cachoeira do Cardoso, a Cachoeira de Três Barras e a Cachoeira dos Funis também são banhos que renovam qualquer alma. O que mais amamos é que a água não é fria como de costume.
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Dicas essenciais para quem viaja com crianças
A Chapada é segura, mas pede preparo. Tênis com boa tração, mochilas com snacks, roupas extras e aquele kit de primeiros socorros que toda mãe conhece são imprescindíveis. Tenha sempre repelente, protetor solar, e algo para entreter nos trajetos mais longos. O tablet pode ser seu aliado silencioso nos momentos de estrada.
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A Chapada Diamantina é um convite ao olhar desacelerado. É onde a infância pulsa em estado bruto entre banhos de rio, caminhadas curiosas e noites estreladas. Para nós, adultos, é também uma oportunidade rara de reconexão: com os filhos, com a natureza, com o que há de mais essencial. E para quem está acostumado com o barulho do mundo, ouvir o som da água correndo entre pedras é quase um luxo!
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Nota: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Vogue Brasil.
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Viajar com filhos pequenos costuma ser um exercício de criatividade, planejamento e uma boa dose de flexibilidade. Mas quando o destino é a Chapada Diamantina, no coração da Bahia, a equação se transforma em algo próximo à magia. Recentemente, embarquei com minha família em uma jornada de oito dias por esse paraíso de cânions, cachoeiras e vilas históricas. Voltei com o corpo cansado, mas com o espírito revigorado e uma certeza: a Chapada é, sim, um destino perfeito para crianças e seus pais aventureiros.
Lençóis: onde tudo começa com calma
A aventura começou suavemente em Lençóis, principal cidade-base da Chapada. O aeroporto é pequeno, o traslado curto, e o charme da cidade colonial já anuncia os dias intensos pela frente. Nos hospedamos no Hotel Canto das Águas, com quartos espaçosos, café da manhã farto e uma localização que permite caminhar até lojinhas e restaurantes à noite.
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Trilhas e cachoeiras: a natureza como parque de diversões
A cada dia, um cenário cinematográfico diferente. A Cachoeira do Mosquito, apesar do nome curioso, é um convite ao primeiro contato com as trilhas com direito a banho de rio sob uma queda d’água poderosa. O Morro do Pai Inácio vem em seguida, com sua caminhada curta e íngreme, ideal para os pequenos esbanjarem energia. E lá de cima, a vista: um tapete de verde costurado por montanhas e silêncio.
A região do Marimbus, conhecida como o “mini pantanal” da Chapada, revelou-se um dos passeios favoritos das crianças a bordo de canoas conduzidas por remadores locais. O Rio Roncador, com suas piscinas rasas e pedras avermelhadas, foi o cenário ideal para banhos demorados e descobertas em família.
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Experiências sensoriais: da caverna ao poço azul
O Poço Azul é uma verdadeira aula de ciências ao vivo. Mergulhar em suas águas cristalinas, dentro de uma gruta onde a luz solar penetra como um feixe mágico, é quase um rito de passagem para pequenos exploradores. Já no Poço Encantado, onde não se pode nadar, o silêncio toma conta. É um lugar para contemplar — e para brincar de caçar cores nas infinitas nuances de azul. Na Gruta da Lapa Doce, lanternas nas mãos, as crianças descobrem estalactites e estalagmites como se estivessem em um filme de aventura, a caverna vira palco de histórias que só a imaginação infantil é capaz de expandir.
Cultura viva: entre flores, vinhos e ruínas
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Igatu, vilarejo que parece ter saído de um livro de realismo mágico, é um museu a céu aberto. As ruínas do antigo garimpo viram playground natural, e a galeria Arte Memória oferece uma imersão sensível na história e na arte local. A cidade de Mucugê impressiona por toda sua história já que tem um patrimônio histórico e várias casinhas coloridas no melhor estilo colonial preservado e é uma das cidades mais organizadas e limpas da Chapada. A estrutura hoteleira vem crescendo e devido a grande extensão do Parque Nacional, a cidade é uma excelente base para se conhecer os principais passeios que ficam localizados na parte sul do Parque.
No penúltimo dia, fomos até a Cachoeira do Buracão. O nome impressiona — e a queda d’água de 100 metros, ainda mais. A trilha exige fôlego e atenção mas ao se deparar com os cânions vemos que tudo vale a pena. Os mais corajosos conseguem descer até de Rapel. Além disso, a Cachoeira do Cardoso, a Cachoeira de Três Barras e a Cachoeira dos Funis também são banhos que renovam qualquer alma. O que mais amamos é que a água não é fria como de costume.
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Dicas essenciais para quem viaja com crianças
A Chapada é segura, mas pede preparo. Tênis com boa tração, mochilas com snacks, roupas extras e aquele kit de primeiros socorros que toda mãe conhece são imprescindíveis. Tenha sempre repelente, protetor solar, e algo para entreter nos trajetos mais longos. O tablet pode ser seu aliado silencioso nos momentos de estrada.
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A Chapada Diamantina é um convite ao olhar desacelerado. É onde a infância pulsa em estado bruto entre banhos de rio, caminhadas curiosas e noites estreladas. Para nós, adultos, é também uma oportunidade rara de reconexão: com os filhos, com a natureza, com o que há de mais essencial. E para quem está acostumado com o barulho do mundo, ouvir o som da água correndo entre pedras é quase um luxo!
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Nota: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Vogue Brasil.
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