“Elevando o potencial do seu mercado” foi o fio condutor das conversas realizadas no hotel W São Paulo, com a presença de executivos, empresários e especialistas de diferentes áreas Na última terça-feira (27.05), o time da Vogue Brasil armou a 9ª edição do Vogue Negócios, no hotel W São Paulo. O evento reuniu grandes lideranças e estudiosos de diferentes áreas para uma tarde de reflexões e insights sobre temas que interessam tanto a consumidores quanto empreendedores.
Com mesas que discutiram o papel das marcas hoje, o rebranding como estratégia e cases de sucesso que equilibram tradição e transformação, o encontro teve a participação de nomes como Sissi Freeman, diretora de marketing e vendas da Granado, Cassiano Vitorino, gerente de comunicações Belmond Brasil, Iza Dezon, expert em análise de tendências, e Michel Alcoforado, antropólogo PhD e fundador do Grupo Consumoteca.
A seguir, confira os destaques de cada mesa:
O que os consumidores modernos e influentes esperam das marcas hoje
Michel Alcoforado, Iza Dezon, Maria Laura Neves e Gal Barradas
Kenji Nakamura
Saiba mais
Iza Dezon, CEO da DEZON e expert em análise de tendências
Iza Dezon, CEO da DEZON e expert em análise de tendências
Kenji Nakamura
“O maior desafio que as marcas têm hoje é entender com quem elas querem falar. Nos últimos anos, o estudo sobre o perfil do consumidor passou a ser de tribos para ser de gerações. No entanto, olhando para o cenário atual, precisamos nos preparar para um futuro intergeracional, no qual as hierarquias vão ficar completamente desassociadas à nossa noção de idade ou de geração. Temos que parar de encaixotar os nossos consumidores e procurar entender sobre seus valores e vontades intrínsecos, olhar para além desses marcadores sociodemográficos tradicionais”.
Gal Barradas, líder de growth da Rio Bravo
Gal Barradas, líder de growth da Rio Bravo
Kenji Nakamura
“Hoje, os consumidores são pessoas que se dispõem a falar sobre aquilo que consomem. Independente se são influenciadores profissionais ou não. Do meu ponto de vista, as empresas, mais do que ninguém, precisam se enxergar e se colocar como comunidade. Se elas querem ter engajamento e adesão, isso tem que começar pelo seu público interno, que é o público primário de qualquer marca. Todos têm que ser súditos, inclusive os fundadores, os donos e o presidente”.
Michel Alcoforado, antropólogo PhD e fundador do Grupo Consumateca
Michel Alcoforado, antropólogo PhD e fundador do Grupo Consumateca
Kenji Nakamura
“A principal transformação, que é culpa nossa, da tecnologia e da cultura de uma forma geral, é um crescimento exacerbado do individualismo. Hoje, o consumidor chega ao ponto de venda de uma marca e está preocupado com o que ela pode entregar de individualidade para ele. E como inventamos a individualidade em 2025? Falando. Costumo dizer para os meus clientes que precisamos valorizar cada vez mais uma categoria que às vezes deixamos de lado, mas é fundamental: o valor de conversa. Um produto só existe se ele disparar conversa. Por isso, o consumidor moderno só existe pelo que fala, só compra para poder falar, e, na medida que fala, reinventa aquilo que as marcas estão falando. E isso muda tudo”.
Rebranding como estratégia: as oportunidades e desafios de reorganizar uma marca
Nô Mello, Stella Colucci, Cathyelle Schroeder, Guilherme Martins e Carolina Corona
Kenji Nakamura
Stella Colucci, diretora de marketing da Motorola Brasil
Stella Colucci, diretora de marketing da Motorola Brasil
Kenji Nakamura
“Antes do rebranding, é preciso olhar para o seu produto e para quem o consome, tanto o consumidor atual quanto o potencial. Se esses três pontos não estão conectados, já demonstra uma necessidade inócua de um reposicionamento, uma mudança na abordagem. Às vezes, são ajustes finos, às vezes é necessário fazer um 360º”.
Cathyelle Schroeder, CMO da Riachuelo
Cathyelle Schroeder, CMO da Riachuelo
Kenji Nakamura
“Tenho a máxima ‘para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve’. Às vezes, enquanto marca, a gente quer ser um pouco de tudo e tenta fazer tudo caber, porque pode caber, mas se tudo sou, nada sou. O jogo muda quando, sabendo quem quero ser, tenho clareza de com quem falo e por que falo. Afinal, os dados estão aí para todos, mas são essas as pecinhas que mudam a nossa interpretação e a nossa entrega”.
Guilherme Martins, vice-presidente de marketing e inovação da Diageo Brasil
Guilherme Martins, vice-presidente de marketing e inovação da Diageo Brasil
Kenji Nakamura
“Na hora do rebranding, é muito fácil se seduzir por tudo o que está acontecendo, mas é difícil construir uma marca forte de verdade, que tenha estrutura na memória das pessoas. Isso é fruto de consistência. Então, não dá para se render a toda nova moda. Obviamente, tem muitas marcas novas que chegam para desafiar o modelo que rege o mercado, mas o desafio está na longevidade”.
Carolina Corona, líder da vertical de Studios Boutique do Grupo Smart Fit
Carolina Corona, líder da vertical de Studios Boutique do Grupo Smart Fit
Kenji Nakamura
“Uma preocupação constante é como fazer com que as marcas sejam desejadas nos próximos 10 ou 20 anos. É um desafio, porque estamos falando de um mundo que muda o tempo todo. Para isso, você tem que saber qual é a essência da sua marca, por qual motivo as pessoas a buscam. Além disso, é preciso estar muito atento ao que está acontecendo no mercado. Quais são as tendências que sinalizam que está na hora de fazer um pequeno ajuste no seu produto? Quais são os movimentos de comportamento do consumidor e como eles estão mudando? O trabalho é sempre de ajustar sem perder a essência”.
Revistas Newsletter
Cases de sucesso: como equilibrar tradição e transformação
Sissi Freeman, Bárbara Öberg e Cassiano Vitorino
Kenji Nakamura
Cassiano Vitorino, gerente de comunicações do Belmond Brasil
Cassiano Vitorino, gerente de comunicações do Belmond Brasil
Kenji Nakamura
“Nem sempre as empresas estão vivendo o seu auge, mas acredito que as grandes retomadas acontecem justamente nos momentos em que a coisa não está indo bem. O Copacabana Palace, por exemplo, passou por um momento de obsolência, quando a hotelaria se renovou no Rio de Janeiro e ele era visto como um hotel antigo. A gente precisou, então, renovar o produto. Reformar e reinvestir é fundamental”.
Sissi Freeman, diretora de marketing e vendas da Granado
Sissi Freeman, diretora de marketing e vendas da Granado
Kenji Nakamura
“Hoje em dia as pessoas são muito ansiosas e imediatistas. Valorizar a história que nos trouxe até aqui é um diferencial, assim como manter a visão do negócio a longo prazo. Para celebrar os nossos 150 anos, por exemplo, nos inspiramos nos ingredientes do nosso próprio portfólio. O equilíbrio está justamente em não esquecer nossa tradição, sem deixar de olhar para a frente para se manter relevante e atual”.
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