Prepare-se, São Paulo: a Krispy Kreme está chegando. A famosa rede americana de donuts — aquela dos donuts glaceados brilhantes — finalmente vai desembarcar no Brasil. A primeira loja já está sendo construída na Avenido Juscelino Kubitschek, perto da Faria Lima, num dos principais polos econômicos da cidade.
A marca é gigante lá fora, com mais de 2.000 lojas pelo mundo, mas ainda não tinha dado as caras por aqui.
Agora, a empresa aposta no apetite dos brasileiros por doces para conquistar espaço em um mercado já dominado por gigantes como Starbucks e Dunkin’.
A estratégia começa por São Paulo, numa região com muito fluxo de pessoas.
De um buraco na parede para o mundo
A Krispy Kreme nasceu em 1937, na Carolina do Norte, quando Vernon Rudolph comprou uma receita secreta de donuts de um chef de Nova Orleans.
Ele começou vendendo para mercearias, mas a demanda do público era tanta que ele abriu um buraco na parede da loja para vender direto aos clientes.
Desde o início, o Original Glazed — aquele donut glaceado clássico — era o carro-chefe. A rede cresceu, padronizou a produção e se tornou uma marca nacional nos Estados Unidos.
Nos anos 2000, a empresa abriu capital na bolsa, mas enfrentou dificuldades financeiras. Em 2016, foi comprada pela JAB Holding Company por 1,35 bilhão de dólares e voltou a acelerar sua expansão global.
Qual é o tamanho da Krispy Kreme hoje
A marca está em mais de 40 países, com cerca de 2.000 lojas físicas e 15.500 pontos de venda em supermercados e plataformas de delivery.
Nos Estados Unidos, são 351 lojas, com a Califórnia, Flórida e Geórgia liderando em número de unidades. Fora dos EUA, mercados como Reino Unido, Japão, Canadá e México têm forte presença da marca.
Em 2024, a Krispy Kreme faturou 1,66 bilhão de dólares. Enquanto as vendas nos EUA caíram levemente, os mercados internacionais cresceram, especialmente no Canadá e no Japão.
O que esperar no Brasil
O Brasil tem um mercado de fast-food competitivo, com marcas já consolidadas no segmento de café e doces. A Krispy Kreme aposta na força da sua marca e na experiência dos donuts fresquinhos para atrair o público.
Por outro lado, a crise da SouthRock, responsável pelo Starbucks no Brasil, acendeu uma dúvida sobre a real capacidade de expansão de marcas internacionais no mercado brasileiro.
Além disso, a sua principal concorrente direta, a Dunkin Donuts, ficou 10 anos fora do Brasil, entre 2005 e 2015, por uma estratégia de revisão na estrutura de crescimento.
Há ver como os donuts glaceados vão brilhar por aqui.