O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a cutucar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta quinta-feira (05), ao participar de um encontro com a comunidade brasileira em Paris. Lula criticou o norte-americano ao lembrar que Trump demonstrou interesse, recentemente, em transformar o Canadá em um Estado dos EUA e, além disso, não descartou tomar atitudes para retomar o controle do Canal do Panamá. Sobre isso, o petista também citou a decisão dos EUA de taxar outros países.
“Estamos numa empreitada [internacional] muito grande, vamos reunir os países do Caribe, vamos reunir os países do Brics. Também vou participar do G7 antes que os EUA anexem o Canadá como Estado americano. [Quero] aproveitar esse pouco tempo de respiro que o Canadá tem como soberano porque ninguém disse para o homem [Trump] que ele foi eleito para ser presidente dos EUA e não de outros países. Ele tem direito de fazer o que quiser nos EUA, agora querer tomar a Groelândia, tomar o Canadá, tomar o Canal do Panamá, e ainda taxar todos os países já é demais. Então precisamos de multilateralismo, de mais conversa, mas mesas de negociação e menos bravatas”, disse.
O presidente discursou durante evento com a comunidade brasileira que vive na França, onde Lula está para cumprir uma visita de chefe de Estado. A crítica a Trump coincide com o aumento nas tarifas sobre importações de aço, alumínio e derivados, que entrou em vigor nesta quarta-feira (4). As cobranças, que até então eram de 25%, passam a ser de 50%, conforme decreto assinado pelo presidente Donald Trump. A medida impacta o Brasil.
No mesmo discurso, Lula criticou países desenvolvidos, como a própria França, por não ajudarem as nações mais pobres. Como exemplo, ele citou a questão do Haiti, que foi colônia francesa durante parte de sua história. “Fiquei sabendo há uns dias que a França, durante muitas décadas, cobrou uma taxa pela independência do Haiti. Qual foi o pecado que o Haiti cometeu no mundo? Será que isso foi porque o Haiti foi o primeiro país do mundo a acabar com a escravidão. Por que o mundo rico não está disposto a ajudar o Haiti? A coisa mais injusta é dizer que eles [Haiti] não podem receber ajuda porque tem corrupção, como se a corrupção fosse coisa dos países pobres”, argumentou.
Além disso, Lula ainda voltou a repetir a cobrança de que os países desenvolvidos precisam ajudar financeiramente as nações da América do Sul para que essas consigam manter a preservação da Amazônia. O presidente citou esse tema ao lembrar que o Brasil irá sediar a Cúpula das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas deste ano (COP30), que acontecerá em Belém no mês de novembro.
“Tem muita gente falando da Amazônia sem saber. Precisamos receber ajuda dos países industrializados. Precisamos receber ajuda dos países que têm um contencioso de poluição de muitos anos, para que a gente não destrua o planeta que nós moramos. O mundo pode sofrer retrocessos e a questão climática é uma delas”, acrescentou. Por fim, Lula criticou os países que continuam investindo em armas e guerras neste momento da história. “Hoje nós vemos o mundo gastar US$ 2,7 trilhões em armas enquanto temos pessoas passando fome.”
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a cutucar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta quinta-feira (05), ao participar de um encontro com a comunidade brasileira em Paris. Lula criticou o norte-americano ao lembrar que Trump demonstrou interesse, recentemente, em transformar o Canadá em um Estado dos EUA e, além disso, não descartou tomar atitudes para retomar o controle do Canal do Panamá. Sobre isso, o petista também citou a decisão dos EUA de taxar outros países.
“Estamos numa empreitada [internacional] muito grande, vamos reunir os países do Caribe, vamos reunir os países do Brics. Também vou participar do G7 antes que os EUA anexem o Canadá como Estado americano. [Quero] aproveitar esse pouco tempo de respiro que o Canadá tem como soberano porque ninguém disse para o homem [Trump] que ele foi eleito para ser presidente dos EUA e não de outros países. Ele tem direito de fazer o que quiser nos EUA, agora querer tomar a Groelândia, tomar o Canadá, tomar o Canal do Panamá, e ainda taxar todos os países já é demais. Então precisamos de multilateralismo, de mais conversa, mas mesas de negociação e menos bravatas”, disse.
O presidente discursou durante evento com a comunidade brasileira que vive na França, onde Lula está para cumprir uma visita de chefe de Estado. A crítica a Trump coincide com o aumento nas tarifas sobre importações de aço, alumínio e derivados, que entrou em vigor nesta quarta-feira (4). As cobranças, que até então eram de 25%, passam a ser de 50%, conforme decreto assinado pelo presidente Donald Trump. A medida impacta o Brasil.
No mesmo discurso, Lula criticou países desenvolvidos, como a própria França, por não ajudarem as nações mais pobres. Como exemplo, ele citou a questão do Haiti, que foi colônia francesa durante parte de sua história. “Fiquei sabendo há uns dias que a França, durante muitas décadas, cobrou uma taxa pela independência do Haiti. Qual foi o pecado que o Haiti cometeu no mundo? Será que isso foi porque o Haiti foi o primeiro país do mundo a acabar com a escravidão. Por que o mundo rico não está disposto a ajudar o Haiti? A coisa mais injusta é dizer que eles [Haiti] não podem receber ajuda porque tem corrupção, como se a corrupção fosse coisa dos países pobres”, argumentou.
Além disso, Lula ainda voltou a repetir a cobrança de que os países desenvolvidos precisam ajudar financeiramente as nações da América do Sul para que essas consigam manter a preservação da Amazônia. O presidente citou esse tema ao lembrar que o Brasil irá sediar a Cúpula das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas deste ano (COP30), que acontecerá em Belém no mês de novembro.
“Tem muita gente falando da Amazônia sem saber. Precisamos receber ajuda dos países industrializados. Precisamos receber ajuda dos países que têm um contencioso de poluição de muitos anos, para que a gente não destrua o planeta que nós moramos. O mundo pode sofrer retrocessos e a questão climática é uma delas”, acrescentou. Por fim, Lula criticou os países que continuam investindo em armas e guerras neste momento da história. “Hoje nós vemos o mundo gastar US$ 2,7 trilhões em armas enquanto temos pessoas passando fome.”
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