Um dos principais tópicos da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Japão, entre 24 e 27 de março, será a abertura do mercado daquele país às carnes brasileiras, sobretudo a bovina. Em Brasília, não há expectativa de que o governo japonês anuncie essa liberação, mas pode haver “avanços significativos”.
Nesse sentido, Lula e sua comitiva tentarão convencer os japoneses a enviar, o quanto antes, uma missão sanitária ao Brasil, que foi declarado área livre de febre aftosa sem vacinação em fevereiro deste ano, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Para o embaixador Eduardo Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty, isso “já deveria habilitar o Brasil para ter acesso ao mercado japonês”. Mas a liberação fica pendente, entre outras coisas, da “visita de uma missão sanitária dos asiáticos para avaliação de risco do produto brasileiro”.
“Esse é um assunto que a gente trata junto com o Ministério da Agricultura, porque tem um lado técnico que está acima das minhas capacidades. Mas existe um empenho político de fazer avançar esse assunto”, disse Saboia, em entrevista coletiva. “Nós achamos que isso é algo que é importante e que deve ser reconhecido. Isso depende do entendimento que está em curso. Acho que a visita do presidente, certamente, ajuda nesse sentido.”
Ele afirmou, no entanto, que não há prazos nem previsão para que a visita sanitária japonesa ocorra.
“Eu sei que um dos temas importantes é que a gente tem a tal da missão japonesa ao Brasil. Isso é o que se busca nesse momento, que é o passo importante para que haja avanço. Que haja uma missão do governo das autoridades sanitárias japonesas para tratar esse assunto aqui no Brasil”, afirmou.
Política de importação rigorosa
O Japão mantém uma política rigorosa de importação de carnes, exigindo a aprovação dos sistemas de inspeção e análise de risco dos países exportadores. Para a carne suína, é necessária a aprovação do sistema de inspeção e análise de risco para as doenças de interesse em suínos.
Em relação à carne bovina, o Brasil tem intensificado as negociações para acessar o mercado japonês, com missões do Ministério da Agricultura. A expectativa é que a visita de Lula ao Japão acelere as tratativas.
O Japão produz cerca de 40% da carne bovina consumida internamente, necessitando importar aproximadamente 60% para suprir sua demanda. As importações chegam a 700 mil toneladas por ano, mercado que representa cerca de US$ 4 bilhões.
O país ainda é um dos principais importadores mundiais de carne suína, ficando atrás apenas da China em volume. Em 2018, o país importou 18,63% do total mundial de carne suína, ficando atrás apenas da China.
Já o Brasil é um dos principais atores no mercado global de carnes. Em termos de produção, o Brasil possui o maior rebanho bovino comercial do mundo, com 218 milhões de cabeças em 2024, representando, aproximadamente, 14% do rebanho mundial.
Depois do Japão, Lula vai ao Vietnã, onde ficará entre os dias 27 e 29 de março.
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Um dos principais tópicos da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Japão, entre 24 e 27 de março, será a abertura do mercado daquele país às carnes brasileiras, sobretudo a bovina. Em Brasília, não há expectativa de que o governo japonês anuncie essa liberação, mas pode haver “avanços significativos”.
Nesse sentido, Lula e sua comitiva tentarão convencer os japoneses a enviar, o quanto antes, uma missão sanitária ao Brasil, que foi declarado área livre de febre aftosa sem vacinação em fevereiro deste ano, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Para o embaixador Eduardo Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty, isso “já deveria habilitar o Brasil para ter acesso ao mercado japonês”. Mas a liberação fica pendente, entre outras coisas, da “visita de uma missão sanitária dos asiáticos para avaliação de risco do produto brasileiro”.
“Esse é um assunto que a gente trata junto com o Ministério da Agricultura, porque tem um lado técnico que está acima das minhas capacidades. Mas existe um empenho político de fazer avançar esse assunto”, disse Saboia, em entrevista coletiva. “Nós achamos que isso é algo que é importante e que deve ser reconhecido. Isso depende do entendimento que está em curso. Acho que a visita do presidente, certamente, ajuda nesse sentido.”
Ele afirmou, no entanto, que não há prazos nem previsão para que a visita sanitária japonesa ocorra.
“Eu sei que um dos temas importantes é que a gente tem a tal da missão japonesa ao Brasil. Isso é o que se busca nesse momento, que é o passo importante para que haja avanço. Que haja uma missão do governo das autoridades sanitárias japonesas para tratar esse assunto aqui no Brasil”, afirmou.
Política de importação rigorosa
O Japão mantém uma política rigorosa de importação de carnes, exigindo a aprovação dos sistemas de inspeção e análise de risco dos países exportadores. Para a carne suína, é necessária a aprovação do sistema de inspeção e análise de risco para as doenças de interesse em suínos.
Em relação à carne bovina, o Brasil tem intensificado as negociações para acessar o mercado japonês, com missões do Ministério da Agricultura. A expectativa é que a visita de Lula ao Japão acelere as tratativas.
O Japão produz cerca de 40% da carne bovina consumida internamente, necessitando importar aproximadamente 60% para suprir sua demanda. As importações chegam a 700 mil toneladas por ano, mercado que representa cerca de US$ 4 bilhões.
O país ainda é um dos principais importadores mundiais de carne suína, ficando atrás apenas da China em volume. Em 2018, o país importou 18,63% do total mundial de carne suína, ficando atrás apenas da China.
Já o Brasil é um dos principais atores no mercado global de carnes. Em termos de produção, o Brasil possui o maior rebanho bovino comercial do mundo, com 218 milhões de cabeças em 2024, representando, aproximadamente, 14% do rebanho mundial.
Depois do Japão, Lula vai ao Vietnã, onde ficará entre os dias 27 e 29 de março.
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