Autoridades israelenses pediram ao governo do presidente americano, Donald Trump, que não espere as duas semanas prometidas para decidir sobre uma ação contra o programa nuclear iraniano, sinalizando que poderiam agir sozinhas antes do prazo estabelecido por Washington. A informação foi confirmada neste sábado por duas fontes ouvidas pela agência de notícias Reuters.
Segundo as fontes, o recado foi transmitido em uma ligação tensa feita na quinta-feira entre o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa Israel Katz, o chefe das Forças Armadas Eyal Zamir e membros do governo americano. O motivo é o fato de Israel acreditar que há uma janela estreita de oportunidade para atacar a instalação nuclear subterrânea de Fordow, considerada o “coração” do programa iraniano, antes que o tempo e a pressão internacional dificultem qualquer ação.
De acordo com os interlocutores ouvidos sob anonimato, os israelenses veem como arriscado aguardar o prazo de até duas semanas proposto por Trump para uma decisão sobre a possível entrada no conflito. O local em questão, Fordow, está escavado numa montanha e só poderia ser destruído por bombas de penetração profunda como a GBU-57, de 14 toneladas, que só os Estados Unidos possuem e que pode ser carregada por bombardeiros B-2, deslocados neste sábado para uma base militar americana na ilha de Guam, no Pacífico.
Durante a conversa com os israelenses, o vice-presidente americano, JD Vance, se opôs à ideia de envolvimento direto dos EUA, alertando que “os israelenses vão arrastar o país para uma guerra”, relataram as fontes. O secretário de Defesa americano, Pete Hegseth, também participou da ligação. Ainda não está claro quem mais estava na chamada, segundo a Reuters.
Fontes em Washington disseram à agência que Israel já expressou formalmente a avaliação de que a espera proposta por Trump seria longa demais, embora não tenham confirmado se esse ponto foi levantado na ligação de quinta-feira. O Jerusalem Post também havia informado sobre a realização da conversa.
A ideia de uma ofensiva americana contra o Irã tem provocado um racha dentro da base de apoio a Trump. Embora parte dos aliados defenda um ataque conjunto para desmantelar o programa nuclear iraniano, setores mais isolacionistas, como Vance, resistem a qualquer nova guerra no Oriente Médio. O próprio Trump, que sempre criticou os “conflitos estúpidos” dos EUA no exterior, tem adotado discursos mais agressivos contra o Irã nas últimas semanas, mas ainda não definiu sua posição de forma clara.
Quatro fontes ouvidas pela Reuters afirmaram que uma operação militar solo por parte de Israel está cada vez mais provável. Mesmo sem declarar abertamente, Netanyahu já deixou claro que não descarta agir sozinho. A vantagem aérea de Israel sobre o território iraniano torna a ação possível, ainda que arriscada. “Não vejo eles esperando muito mais”, disse uma das fontes à agência.
Ainda não está claro se a operação envolveria bombardeios, forças terrestres ou ambos. As duas fontes disseram que o plano pode não visar destruir toda a instalação, mas danificá-la significativamente, focando em alvos internos. Analistas cogitam, inclusive, o uso de forças especiais para invadir e sabotar o local por dentro.
Outro cenário em estudo, segundo uma das fontes, seria o lançamento em série de bombas para tentar abrir brechas na fortificação, estratégia similar à usada na operação que matou o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, no ano passado. Isso poderia ser seguido por uma incursão terrestre.
Apesar da capacidade militar de Israel, especialistas avaliam que, mesmo com apoio americano, uma ação militar talvez consiga apenas atrasar o programa nuclear do Irã — que defende ter fins pacíficos —, sem eliminá-lo por completo.
Nem a Casa Branca nem o gabinete do premier israelense comentaram a notícia da agência até o momento. A missão iraniana na ONU também não respondeu aos pedidos da Reuters.
Autoridades israelenses pediram ao governo do presidente americano, Donald Trump, que não espere as duas semanas prometidas para decidir sobre uma ação contra o programa nuclear iraniano, sinalizando que poderiam agir sozinhas antes do prazo estabelecido por Washington. A informação foi confirmada neste sábado por duas fontes ouvidas pela agência de notícias Reuters.
Segundo as fontes, o recado foi transmitido em uma ligação tensa feita na quinta-feira entre o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa Israel Katz, o chefe das Forças Armadas Eyal Zamir e membros do governo americano. O motivo é o fato de Israel acreditar que há uma janela estreita de oportunidade para atacar a instalação nuclear subterrânea de Fordow, considerada o “coração” do programa iraniano, antes que o tempo e a pressão internacional dificultem qualquer ação.
De acordo com os interlocutores ouvidos sob anonimato, os israelenses veem como arriscado aguardar o prazo de até duas semanas proposto por Trump para uma decisão sobre a possível entrada no conflito. O local em questão, Fordow, está escavado numa montanha e só poderia ser destruído por bombas de penetração profunda como a GBU-57, de 14 toneladas, que só os Estados Unidos possuem e que pode ser carregada por bombardeiros B-2, deslocados neste sábado para uma base militar americana na ilha de Guam, no Pacífico.
Durante a conversa com os israelenses, o vice-presidente americano, JD Vance, se opôs à ideia de envolvimento direto dos EUA, alertando que “os israelenses vão arrastar o país para uma guerra”, relataram as fontes. O secretário de Defesa americano, Pete Hegseth, também participou da ligação. Ainda não está claro quem mais estava na chamada, segundo a Reuters.
Fontes em Washington disseram à agência que Israel já expressou formalmente a avaliação de que a espera proposta por Trump seria longa demais, embora não tenham confirmado se esse ponto foi levantado na ligação de quinta-feira. O Jerusalem Post também havia informado sobre a realização da conversa.
A ideia de uma ofensiva americana contra o Irã tem provocado um racha dentro da base de apoio a Trump. Embora parte dos aliados defenda um ataque conjunto para desmantelar o programa nuclear iraniano, setores mais isolacionistas, como Vance, resistem a qualquer nova guerra no Oriente Médio. O próprio Trump, que sempre criticou os “conflitos estúpidos” dos EUA no exterior, tem adotado discursos mais agressivos contra o Irã nas últimas semanas, mas ainda não definiu sua posição de forma clara.
Quatro fontes ouvidas pela Reuters afirmaram que uma operação militar solo por parte de Israel está cada vez mais provável. Mesmo sem declarar abertamente, Netanyahu já deixou claro que não descarta agir sozinho. A vantagem aérea de Israel sobre o território iraniano torna a ação possível, ainda que arriscada. “Não vejo eles esperando muito mais”, disse uma das fontes à agência.
Ainda não está claro se a operação envolveria bombardeios, forças terrestres ou ambos. As duas fontes disseram que o plano pode não visar destruir toda a instalação, mas danificá-la significativamente, focando em alvos internos. Analistas cogitam, inclusive, o uso de forças especiais para invadir e sabotar o local por dentro.
Outro cenário em estudo, segundo uma das fontes, seria o lançamento em série de bombas para tentar abrir brechas na fortificação, estratégia similar à usada na operação que matou o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, no ano passado. Isso poderia ser seguido por uma incursão terrestre.
Apesar da capacidade militar de Israel, especialistas avaliam que, mesmo com apoio americano, uma ação militar talvez consiga apenas atrasar o programa nuclear do Irã — que defende ter fins pacíficos —, sem eliminá-lo por completo.
Nem a Casa Branca nem o gabinete do premier israelense comentaram a notícia da agência até o momento. A missão iraniana na ONU também não respondeu aos pedidos da Reuters.