Em carta dirigida à presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, Carolyn Birkett, e ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, o embaixador do Irã na ONU, Amir Iravani, acusou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de ameaçar de morte Ali Khamenei, líder supremo do país. A carta, que relata os ataques israelenses às instalações nucleares do país e contra civis, pede novo encontro do colegiado que se reuniu pela última vez na sexta-feira passada com a deflagração do primeiro ataque de Israel.
Na terça, 17, Trump publicou no X: “Sabemos exatamente onde o chamado ‘líder supremo’ está escondido. Ele é um alvo fácil mas está seguro lá. Não vamos tirá-lo de lá [matá-lo], pelo menos não por enquanto. Mas não queremos que mísseis sejam lançados contra civis ou contra soldados americanos. Nossa paciência está se esgotando. Obrigado pela atenção ao tema”.
Esta publicação foi seguida de outra com um simples “Rendição incondicional!” e sucedeu a uma ameaça, num tom incomum para um comandante supremo da maior e mais bem equipada força armada do mundo: “Agora temos um controle completo e total dos céus sobre o Irã. O Irã tem bons rastreadores aéreos e outros equipamentos de defesa, na verdade, muitos deles, mas que não se comparam com os equipamentos concebidos e fabricados nos Estados Unidos. Ninguém os faz melhor que os EUA”.
A pauta apresentada pelo embaixador iraniano à presidente do CSNU tem cinco pontos: condenação e rejeição do uso da força contra a soberania iraniana e sua integridade territorial em violação da lei internacional e da Carta da ONU, o reconhecimento da guerra imposta por Israel como uma agressão, a prevenção contra o envolvimento de outros países nos ataques contra o Irã, a cessação imediata da agressão israelense e a adoção de medidas efetivas para frear as violações.
Iravani reveste de gravidade o apelo ao Conselho de Segurança: “A inação [do CS] levaria o agressor a avançar nas suas agressões, erodiria a credibilidade e a autoridade das Nações Unidas e sinalizaria à comunidade internacional que a impunidade é tolerada ante as mais egrégias violações da lei humanitária internacional”.
O tom da carta está alinhado com as declarações do próprio Khameni depois das publicações de Trump. Em mensagem transmitida na TV estatal, o líder supremo do Irã falou em “danos irreparáveis” caso os EUA entrem no conflito ao lado de Israel: “Será um golpe muito mais prejudicial do que qualquer dano que possa ocorrer ao Irã”, disse. Acrescentou ainda que a exigência de rendição imediata é “irracional”.
As mortes reportadas até o momento são de 220 no Irã e 24 em Israel. Na carta, o embaixador iraniano invocou o artigo 51 da Carta da ONU para proteger a soberania e a integridade territorial do país. Será a segunda reunião de emergência sobre o conflito. Na sexta feira, horas depois do ataque israelense, o colegiado se reuniu. Os países que apoiaram decidida e abertamente o Irã foram Rússia, China, Argélia e Paquistão. Os 15 integrantes do CS não votaram uma resolução final pela evidente ausência de consenso do colegiado no tema.
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Em carta dirigida à presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, Carolyn Birkett, e ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, o embaixador do Irã na ONU, Amir Iravani, acusou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de ameaçar de morte Ali Khamenei, líder supremo do país. A carta, que relata os ataques israelenses às instalações nucleares do país e contra civis, pede novo encontro do colegiado que se reuniu pela última vez na sexta-feira passada com a deflagração do primeiro ataque de Israel.
Na terça, 17, Trump publicou no X: “Sabemos exatamente onde o chamado ‘líder supremo’ está escondido. Ele é um alvo fácil mas está seguro lá. Não vamos tirá-lo de lá [matá-lo], pelo menos não por enquanto. Mas não queremos que mísseis sejam lançados contra civis ou contra soldados americanos. Nossa paciência está se esgotando. Obrigado pela atenção ao tema”.
Esta publicação foi seguida de outra com um simples “Rendição incondicional!” e sucedeu a uma ameaça, num tom incomum para um comandante supremo da maior e mais bem equipada força armada do mundo: “Agora temos um controle completo e total dos céus sobre o Irã. O Irã tem bons rastreadores aéreos e outros equipamentos de defesa, na verdade, muitos deles, mas que não se comparam com os equipamentos concebidos e fabricados nos Estados Unidos. Ninguém os faz melhor que os EUA”.
A pauta apresentada pelo embaixador iraniano à presidente do CSNU tem cinco pontos: condenação e rejeição do uso da força contra a soberania iraniana e sua integridade territorial em violação da lei internacional e da Carta da ONU, o reconhecimento da guerra imposta por Israel como uma agressão, a prevenção contra o envolvimento de outros países nos ataques contra o Irã, a cessação imediata da agressão israelense e a adoção de medidas efetivas para frear as violações.
Iravani reveste de gravidade o apelo ao Conselho de Segurança: “A inação [do CS] levaria o agressor a avançar nas suas agressões, erodiria a credibilidade e a autoridade das Nações Unidas e sinalizaria à comunidade internacional que a impunidade é tolerada ante as mais egrégias violações da lei humanitária internacional”.
O tom da carta está alinhado com as declarações do próprio Khameni depois das publicações de Trump. Em mensagem transmitida na TV estatal, o líder supremo do Irã falou em “danos irreparáveis” caso os EUA entrem no conflito ao lado de Israel: “Será um golpe muito mais prejudicial do que qualquer dano que possa ocorrer ao Irã”, disse. Acrescentou ainda que a exigência de rendição imediata é “irracional”.
As mortes reportadas até o momento são de 220 no Irã e 24 em Israel. Na carta, o embaixador iraniano invocou o artigo 51 da Carta da ONU para proteger a soberania e a integridade territorial do país. Será a segunda reunião de emergência sobre o conflito. Na sexta feira, horas depois do ataque israelense, o colegiado se reuniu. Os países que apoiaram decidida e abertamente o Irã foram Rússia, China, Argélia e Paquistão. Os 15 integrantes do CS não votaram uma resolução final pela evidente ausência de consenso do colegiado no tema.
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