Os Estados Unidos apreenderam neste sábado (20) mais uma embarcação dias depois de o presidente Donald Trump ter anunciado um “bloqueio total” a todos os petroleiros sancionados que entram ou saem da Venezuela. A operação foi confirmada pela secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, em publicação nas redes sociais.
“Os Estados Unidos continuarão a perseguir o movimento ilícito de petróleo sancionado que é usado para financiar o narcoterrorismo na região”, escreveu Noem. A Guarda Costeira dos EUA apreendeu a embarcação antes do amanhecer com o apoio do Pentágono, acrecentou ela.
Em resposta, o regime venezuelano denunciou e rejeitou “categoricamente o roubo e o sequestro de uma nova embarcação privada que transportava petróleo venezuelano, bem como o desaparecimento forçado de sua tripulação”, crimes supostamente cometidos por militares americanos em águas internacionais.
“A República Bolivariana da Venezuela reafirma que esses atos não ficarão impunes e tomará todas as medidas cabíveis, incluindo a denúncia ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, a outras organizações multilaterais e aos governos do mundo”, diz a nota.
Três autoridades americanas, que falaram sob condição de anonimato, haviam confirmado a operação ao jornal americano The Washington Post, mas não forneceram mais detalhes sobre a localização da embarcação ou o tipo de carga a bordo. A agência de notícias Reuters, por sua vez, informou que a operação ocorreu na costa da Venezuela, em águas internacionais.
Segundo o jornal americano The New York Times, o navio interceptado pelos americanos tinha uma bandeira panamenha e transportava petróleo venezuelano. Ainda de acordo com a publicação, entretanto, a embarcação não consta da lista de petroleiros sob sanções dos EUA, mantida publicamente pelo Departamento do Tesouro.
O jornal disse ainda que autoridades da indústria petrolífera venezuelana afirmaram que a carga pertence a uma empresa comercial de petróleo estabelecida na China, com histórico de transporte de petróleo bruto venezuelano para refinarias chinesas.Trata-se da segunda vez nas últimas semanas que os EUA apreendem um petroleiro perto do país sul-americano, em meio a um forte aumento da presença militar americana na região. No dia 10 de dezembro, as Forças Armadas americanas capturaram um petroleiro em águas próximas à costa venezuelana.
Naquela ocasião, Trump afirmou que os EUA haviam tomado “um navio muito grande por uma ótima razão”. Questionado sobre o que aconteceria com o navio e sua carga de petróleo venezuelano, Trump respondeu: “Acho que vai ficar conosco”.
A Venezuela, que possui as maiores reservas de petróleo do mundo, tem uma economia dependente de exportações dessa commodity.
Em resposta, o ditador Nicolás Maduro afirmou em comunicado que a Venezuela “exige o fim da intervenção brutal e ilegal dos Estados Unidos” no país.
A captura das embarcações amplia o cerco militar de Washington contra o regime de Maduro, considerado ilegítimo pelos EUA e contra o qual o republicano já ameaçou fazer bombardeios diretos e enviar tropas em meio a sua campanha de ataques a embarcações no Caribe com um saldo de mais de cem mortes até aqui.
Segundo especialistas, um bloqueio dos EUA contra exportações da Venezuela o que seria um ato de guerra asfixiaria a economia venezuelana, aumentando ainda mais a pressão pela saída de Maduro. Por outro lado, uma ação como essa poderia aumentar críticas de países latino-americanos, como o Brasil.
Durante a cúpula do Mercosul, neste sábado (20), em Foz do Iguaçu, o presidente Lula, que foi o primeiro dos líderes sul-americanos a discursar, afirmou que uma intervenção armada na Venezuela seria catastrófica e configuraria um precedente perigoso.
“Os limites do direito internacional estão sendo testados. Uma intervenção armada na Venezuela seria uma catástrofe humanitária para o hemisfério e um precedente perigoso para o mundo”, disse Lula.
O petista também citou o conflito entre Argentina e Reino Unido pelas Ilhas Malvinas, de abril a junho de 1982. “Passadas mais de quatro décadas desde a Guerra das Malvinas, o continente sul-americano volta a ser assombrado pela presença militar de uma potência extrarregional”, afirmou.
Na direção oposta ao discurso de Lula, o presidente da Argentina Javier Milei exaltou a pressão dos americanos sobre o regime de Maduro, classificada por ele como uma ditadura atroz. O argentino condenou o que chamou de experimento autoritário na Venezuela e manifestou seu apoio à postura de Trump.
“A Venezuela continua sofrendo de uma crise política, humanitária e social devastadora. A ditadura atroz e desumana do narcoterrorista Nicolás Maduro amplia uma sombra escura sobre nossa região. Esse perigo e essa vergonha não podem continuar existindo no nosso continente”, afirmou Milei.
“A Argentina saúda a pressão dos EUA e de Donald Trump para libertar o povo venezuelano. O tempo de ter uma abordagem tímida nessa matéria se esgotou”, acrescentou.
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/A/x/Y0oTdlRHAEBw2VV3oRcQ/vagas-sisu-2025.jpg)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/8/W/tzR8A4Qj2DLUbtXuc2AA/whatsapp-image-2025-06-08-at-13.11.08.jpeg)

/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/B/Q/1VoJGGS8SQ1dXJejTYZQ/imagem-cortada-67-.jpg)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/W/V/NmrwGtTwm9ujB45XHIeg/g8tkdd1xkaqgzh2.jpg)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/k/Z/dAG3tYTnOrd93zT2AoEg/abre-portao.jpg)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/K/4/s1UvgZQceaqoen1nnKwg/dsc-0656.jpg)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/E/D/T7vGbXQOWmieK5r7liMg/design-sem-nome-2023-12-23t160957.344.png)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2024/m/q/HtQMDtTiC8sZA9jIEocg/pexels-karolina-grabowska-5718027.jpg)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/v/1/k9A8PiQPWf5mEAB4eSow/imagem-cortada-72-.jpg)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/z/8/AU2j2vTWapXTHTl25iaA/aluno-nota-dez-berivaldo.jpeg)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/N/s/XtD9EOThCjypcYpGIVYQ/whatsapp-image-2025-12-23-at-21.14.40.jpeg)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/C/7/Q5jlBWTvCSAtOmqfZBNQ/globo-canal-5-20251223-2000-frame-126203.jpeg)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/2/4/1iIrggSHOjKg1iVShZYQ/presosassassinato.jpg)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/1/g/Z5T6mnRcmf1bnm4uHonQ/whatsapp-image-2025-12-23-at-19.48.05.jpeg)


/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/K/p/vyjxW4QiWg6TtIhFQpgA/vlcsnap-2025-09-03-12h37m04s566.jpg)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/t/h/EfxaS8SSuDNkYsm173SQ/101725-info-binaural.png)





