O Vaticano intensificou as medidas de segurança para o funeral do papa Francisco, que faleceu aos 88 anos após 12 anos de pontificado.
O esquema especial foi montado para acomodar a crescente multidão de fiéis e a chegada de chefes de Estado para a cerimônia.
O sistema de segurança terá atuação de três forças distintas — Guarda Suíça, Carabinieri e o Corpo da Gendarmaria. Cada uma delas têm funções específicas e complementares para assegurar a tranquilidade durante as homenagens e o funeral. A seguir, entenda a atuação de cada autoridade.
Guarda Suíça
A Guarda Suíça, reconhecível por seus uniformes coloridos e característicos, é responsável pela proteção direta do papa e dos locais mais sensíveis do Vaticano. A força de elite, com mais de 500 anos de história, também será encarregada de proteger o conclave que elegerá o próximo pontífice.
Para integrar a Guarda Suíça, os candidatos devem atender a requisitos rigorosos, incluindo altura mínima de 1,74m, ser católico praticante e ter formação mínima de ensino médio ou superior.

Carabinieri
Carabinieri é a polícia militar italiana, que atua no Vaticano desde o Tratado de Latrão de 1929. Sua presença visa reforçar a segurança e combater possíveis ameaças, como atentados ou manifestações violentas.
Embora incidentes graves sejam raros, a força permanece em alerta constante.
Corpo da Gendarmaria
O Corpo da Gendarmaria, força policial própria do Vaticano, é responsável pelo controle das fronteiras entre Roma e o Estado papal, além de realizar trabalhos investigativos.
Sua atuação é crucial para a segurança interna e o monitoramento dos pontos de acesso ao Vaticano.
Com a chegada de líderes mundiais para o funeral, previsto para sábado, a coordenação entre essas três forças de segurança será intensificada. O objetivo é garantir que as homenagens ao papa Francisco transcorram em um ambiente seguro e controlado, respeitando a solenidade do momento.
Preparativos para o funeral
A Praça de São Pedro está lotada neste último dia do velório, com filas que se estendem por quilômetros.
O aumento no fluxo de pessoas deve-se, em parte, ao feriado nacional na Itália, que comemora a libertação do regime fascista, permitindo que muitos italianos de outras regiões do país viajem a Roma para prestar suas últimas homenagens.
As autoridades vaticanas fecharam partes da Praça de São Pedro para facilitar o acesso das autoridades no dia do funeral.
Além disso, criaram um longo percurso entre a praça e o Castelo de Sant’Angelo, por onde passará o cortejo fúnebre em direção à Basílica de Santa Maria Maggiore, local escolhido por Francisco para seu descanso final.
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Basílica Santa Maria Maggiore onde papa Francisco quer ser enterrado • Reprodução/ Instagram
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Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma • Creative Commons
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Fiéis prestam homenagem ao papa em Santa Maria Maggiore, onde Francisco será sepultado • Reuters
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O último dia do velório inclui a cerimônia de fechamento do caixão contendo o corpo do papa Francisco. Amanhã, após a missa fúnebre, haverá um cortejo da Basílica de São Pedro até a Basílica de Santa Maria Maggiore, onde o pontífice será sepultado.
Conforme testamento, a basílica foi escolhida pelo próprio papa Franscico como o local de seu sepultamento.
O desejo torna Francisco o primeiro papa em mais de um século a ser enterrado fora do Vaticano – antes dele, Leão XIII foi enterrado em 1903 na Basílica de São João de Latrão, também em Roma.
A Basílica de Santa Maria Maggiore já possui sete pontífices sepultados, sendo o último o Papa Clemente VIII, que faleceu em 1605.