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Como um robô está revolucionando a produção de vin…

Redação Por Redação
junho 14, 2025
Em Lazer
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Como um robô está revolucionando a produção de vin…

As casas de vinhos do Porto são o que há de mais tradicional no tradicional mundo dos vinhos. A fórmula foi criada no século XVII, quando se acrescentou aguardente vínica aos vinhos a fim de que ficassem mais fortes para suportar as turbulentas e longas viagens marítimas rumo à Inglaterra. O produto “fortificado” acabou sendo batizado com o nome da cidade de onde era exportado. De forma a garantir que os sabores dessa preciosidade jamais sejam desvirtuados, os modos de produção são certificados e avaliados de forma rigorosa pela Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, o IVDP.

O Douro, região nordeste de Portugal, onde ficam as vinhas e a produção de boa parte das vinícolas, tem um dos céus estrelados mais belos do mundo e seus vinhedos serpenteiam as encostas em terraças (barragens construídas apenas com pedras empilhadas, sem cimento), onde acredita-se que há pelo menos 2.000 anos se produz uvas nessa região. Na margem oposta à cidade do Porto fica Vila Nova de Gaia, com seus rabelos atracados à margem do rio e galpões com teto escurecido pelo vinho que ali evaporou no envelhecimento. Esse cenário hoje é o grande cartão-postal do braço de enoturismo das vinícolas da região.

Foi nessa paisagem e ambiente que nasceu e cresceu Jorge Rosas, atual CEO da Ramos Pinto, casa fundada em 1880 por seu bisavô Adriano Ramos Pinto (os produtos dessa vinícola chegam ao Brasil pela importadora Épice). Filho de pai português e mãe paulistana, Rosas está no comando da empresa que desde 1990 faz parte do grupo francês Louis Roederer, tradicional casa de champanhe que produz entre outras a histórica Cristal. Há 10 anos Jorge Rosas tem sido responsável por transformações “um bocadinho revolucionárias”, como ele mesmo diz, mas que sem elas talvez a região não teria se consolidado como essa potência da viticultura mundial, ou “desaparecido”, segundo ele.

Graças a um departamento inteiro voltado à pesquisa e desenvolvimento e um investimento de 14 milhões de euros, foi possível criar um robô para substituir pés humanos na tradicional pisa, maneira que as uvas são amassadas para dar início à produção do vinho. Essa máquina reproduz exatamente a pressão e ritmo humano, fazendo assim uma “maceração pelicular”, que é mais suave, não tem a intensidade da prensa usada para os tintos tranquilos. A máquina não pressiona as sementes, reproduzindo a intensidade feita pelos pés humanos. Sem esse cuidado, podem sobrar sabores desagradáveis ao vinho. Confira aqui um vídeo com o robô em operação:

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O robô fez um enorme sucesso, mas não eliminou o trabalho humano — e nem vai eliminar. “Hoje a pisa a pés ainda é 50% da nossa produção. Mas a mão de obra para esse serviço estava cada dia mais escassa e depois da pandemia foi preciso elaborar outra maneira”, explica o CEO. Antes essa função era feita majoritariamente por búlgaros e ucraniano. Depois de um tempo, passou a ser de imigrantes de países lusófonos (Cabo Verde, Moçambique). O problema passou a ser a rotatividade dos operários. Eles aprendiam o trabalho e, na colheita seguinte, eram raros os que permaneciam por lá. Com a introdução da tecnologia, não faltaram mais pés para produzir o Porto.

MUDANÇAS SUSTENTÁVEIS

Outra inovação da Ramos Pinto foi a criação de um corredor entre os vinhedos para abrir espaço a alguma mecanização, principalmente para o  transporte das uvas, que continuam sendo colhidas a mão. Inicialmente, utilizavam-se roçadeiras movidas à gasolina para limpar o espaço entre as videiras. Agora, elas estão sendo substituídas por elétricas, de forma a evitar emissão de CO2. No inverno, em vez das máquinas, entram em ação ovelhas anãs para fazer o mesmo serviço. Fora dessa estação ela ficam de fora da plantação, já que, além de roças os matinhos entre as videiras, elas esticavam os pescocinhos para comer as folhas e brotos das videiras. “Há 14 anos não colocamos herbicidas no solo e até 2031 todo nosso vinhedo será orgânico”, diz Jorge Rosas.

Parte da propriedade já está operando com biodinamismo, o que segundo o CEO traz um imenso ganho na qualidade do solo. “Se imaginarmos que herdei vinhos produzidos pela minha família há 100 anos e estou fazendo vinhos que só serão consumidos quando eu estiver enterrado, cuidar do solo e do que deixamos para as futuras gerações faz todo sentido”, conta.

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Os vasilhames dos Portos mais envelhecidos da Ramos Pinto também estão passando por uma leve mudança de identidade. “Eles são inspirados na nossa garrafa mais antiga, de 1815, mas com algumas gramas a menos”, afirma. O peso das garrafas é uma campanha forte de uma entidade da região chamada Porto Protocol, que visa emitir menos CO2 na atmosfera com o transporte desse vinho que é mandado para os quatro cantos do mundo. A madrinha dessa campanha é a inglesa Jancis Robinson, uma das mais importantes especialistas em vinho da atualidade. Mas não se preocupem: continua intocável a garrafa de 500 ml de um Tawnys (estilo envelhecido em madeira entre quatro e seis anos), que é famoso internacionalmente e ganhou apelido de Adrianinho, em Portugal. Outra campanha extra-oficial de Rosas é o tamanho das taças onde normalmente são servidos os Portos. “Aquelas pequeninas de licor ou as ISO que têm a boca mais estreita não nos permitem sentir todos os aromas de um vinho que leva anos para estar pronto para ir à mesa”, diz.

Duas recomendações para quem aprecia um bom Porto para finalizar as refeições, fumar um charuto ou apenas degustar lendo um livro e olhando a paisagem. A primeira: deixe a garrafa na adega ou na porta de geladeira. Resfriado, esse vinho é muito mais prazeroso de se tomar. A segunda dica: abandone as tacinhas, conforme a recomendação de Jorge Rosas. Uma taça de vinho branco é bem mais adequada ao Porto e vai descortinar um universo de aromas e sabores. Garante a colunista aqui que vos escreve e teve a oportunidade de degustar com Jorges Rosas um Tawny de 10 anos da Quinta Ervamoira e o Adrianinho: isso faz toda diferença.

As casas de vinhos do Porto são o que há de mais tradicional no tradicional mundo dos vinhos. A fórmula foi criada no século XVII, quando se acrescentou aguardente vínica aos vinhos a fim de que ficassem mais fortes para suportar as turbulentas e longas viagens marítimas rumo à Inglaterra. O produto “fortificado” acabou sendo batizado com o nome da cidade de onde era exportado. De forma a garantir que os sabores dessa preciosidade jamais sejam desvirtuados, os modos de produção são certificados e avaliados de forma rigorosa pela Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, o IVDP.

O Douro, região nordeste de Portugal, onde ficam as vinhas e a produção de boa parte das vinícolas, tem um dos céus estrelados mais belos do mundo e seus vinhedos serpenteiam as encostas em terraças (barragens construídas apenas com pedras empilhadas, sem cimento), onde acredita-se que há pelo menos 2.000 anos se produz uvas nessa região. Na margem oposta à cidade do Porto fica Vila Nova de Gaia, com seus rabelos atracados à margem do rio e galpões com teto escurecido pelo vinho que ali evaporou no envelhecimento. Esse cenário hoje é o grande cartão-postal do braço de enoturismo das vinícolas da região.

Foi nessa paisagem e ambiente que nasceu e cresceu Jorge Rosas, atual CEO da Ramos Pinto, casa fundada em 1880 por seu bisavô Adriano Ramos Pinto (os produtos dessa vinícola chegam ao Brasil pela importadora Épice). Filho de pai português e mãe paulistana, Rosas está no comando da empresa que desde 1990 faz parte do grupo francês Louis Roederer, tradicional casa de champanhe que produz entre outras a histórica Cristal. Há 10 anos Jorge Rosas tem sido responsável por transformações “um bocadinho revolucionárias”, como ele mesmo diz, mas que sem elas talvez a região não teria se consolidado como essa potência da viticultura mundial, ou “desaparecido”, segundo ele.

Graças a um departamento inteiro voltado à pesquisa e desenvolvimento e um investimento de 14 milhões de euros, foi possível criar um robô para substituir pés humanos na tradicional pisa, maneira que as uvas são amassadas para dar início à produção do vinho. Essa máquina reproduz exatamente a pressão e ritmo humano, fazendo assim uma “maceração pelicular”, que é mais suave, não tem a intensidade da prensa usada para os tintos tranquilos. A máquina não pressiona as sementes, reproduzindo a intensidade feita pelos pés humanos. Sem esse cuidado, podem sobrar sabores desagradáveis ao vinho. Confira aqui um vídeo com o robô em operação:

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O robô fez um enorme sucesso, mas não eliminou o trabalho humano — e nem vai eliminar. “Hoje a pisa a pés ainda é 50% da nossa produção. Mas a mão de obra para esse serviço estava cada dia mais escassa e depois da pandemia foi preciso elaborar outra maneira”, explica o CEO. Antes essa função era feita majoritariamente por búlgaros e ucraniano. Depois de um tempo, passou a ser de imigrantes de países lusófonos (Cabo Verde, Moçambique). O problema passou a ser a rotatividade dos operários. Eles aprendiam o trabalho e, na colheita seguinte, eram raros os que permaneciam por lá. Com a introdução da tecnologia, não faltaram mais pés para produzir o Porto.

MUDANÇAS SUSTENTÁVEIS

Outra inovação da Ramos Pinto foi a criação de um corredor entre os vinhedos para abrir espaço a alguma mecanização, principalmente para o  transporte das uvas, que continuam sendo colhidas a mão. Inicialmente, utilizavam-se roçadeiras movidas à gasolina para limpar o espaço entre as videiras. Agora, elas estão sendo substituídas por elétricas, de forma a evitar emissão de CO2. No inverno, em vez das máquinas, entram em ação ovelhas anãs para fazer o mesmo serviço. Fora dessa estação ela ficam de fora da plantação, já que, além de roças os matinhos entre as videiras, elas esticavam os pescocinhos para comer as folhas e brotos das videiras. “Há 14 anos não colocamos herbicidas no solo e até 2031 todo nosso vinhedo será orgânico”, diz Jorge Rosas.

Parte da propriedade já está operando com biodinamismo, o que segundo o CEO traz um imenso ganho na qualidade do solo. “Se imaginarmos que herdei vinhos produzidos pela minha família há 100 anos e estou fazendo vinhos que só serão consumidos quando eu estiver enterrado, cuidar do solo e do que deixamos para as futuras gerações faz todo sentido”, conta.

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Os vasilhames dos Portos mais envelhecidos da Ramos Pinto também estão passando por uma leve mudança de identidade. “Eles são inspirados na nossa garrafa mais antiga, de 1815, mas com algumas gramas a menos”, afirma. O peso das garrafas é uma campanha forte de uma entidade da região chamada Porto Protocol, que visa emitir menos CO2 na atmosfera com o transporte desse vinho que é mandado para os quatro cantos do mundo. A madrinha dessa campanha é a inglesa Jancis Robinson, uma das mais importantes especialistas em vinho da atualidade. Mas não se preocupem: continua intocável a garrafa de 500 ml de um Tawnys (estilo envelhecido em madeira entre quatro e seis anos), que é famoso internacionalmente e ganhou apelido de Adrianinho, em Portugal. Outra campanha extra-oficial de Rosas é o tamanho das taças onde normalmente são servidos os Portos. “Aquelas pequeninas de licor ou as ISO que têm a boca mais estreita não nos permitem sentir todos os aromas de um vinho que leva anos para estar pronto para ir à mesa”, diz.

Duas recomendações para quem aprecia um bom Porto para finalizar as refeições, fumar um charuto ou apenas degustar lendo um livro e olhando a paisagem. A primeira: deixe a garrafa na adega ou na porta de geladeira. Resfriado, esse vinho é muito mais prazeroso de se tomar. A segunda dica: abandone as tacinhas, conforme a recomendação de Jorge Rosas. Uma taça de vinho branco é bem mais adequada ao Porto e vai descortinar um universo de aromas e sabores. Garante a colunista aqui que vos escreve e teve a oportunidade de degustar com Jorges Rosas um Tawny de 10 anos da Quinta Ervamoira e o Adrianinho: isso faz toda diferença.

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