O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender o fortalecimento da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira, como forma de coibir as diversas guerras que se espalham em diferentes regiões do planeta. Lula citou, como exemplo, os recentes ataques de Israel ao Irã, que, na opinião dele, irão deixar “consequências globais inestimáveis”. Como solução, Lula defendeu “devolver o protagonismo” à ONU”.
A defesa foi feita durante a participação do presidente brasileiro na cúpula do G7, grupo que reúne as principais potências globais do mundo. O encontro entre as nações acontece, nesta semana, em Calgary, no Canadá.
“Os recentes ataques de Israel ao Irã ameaçam fazer do Oriente Médio um único campo de batalha, com consequências globais inestimáveis. No Haiti, a comunidade internacional permanece indiferente ao cotidiano de caos e atrocidades perpetradas pelo crime organizado. Não subestimo a magnitude da tarefa de debelar todas essas ameaças. Mas é patente que o vácuo de liderança agrava esse quadro”, afirmou
“Estão sentados em torno desta mesa três membros permanentes do Conselho de Segurança e outras nações com tradição na defesa da paz. É o momento de devolver o protagonismo à ONU. É preciso que o Secretário-Geral lidere um grupo representativo de países comprometidos com a paz na tarefa de restituir à organização a prerrogativa de ser a casa do entendimento e do diálogo”, argumentou Lula.
Além disso, Lula ponderou, novamente, que os recursos financeiros gastos em guerra poderiam ser investidos no combate à fome. “Ano após ano, guerras e conflitos se acumulam. Gastos militares consomem anualmente o equivalente ao PIB da Itália. São US$ 2,7 trilhões que poderiam ser investidos no combate à fome e na transição justa. Todos nesta sala sabem que, no conflito na Ucrânia, nenhum dos lados conseguirá atingir seus objetivos pela via militar. Só o diálogo entre as partes pode conduzir a um cessar-fogo e pavimentar o caminho para uma paz duradoura”, criticou.
Por fim, Lula repudiou, mais uma vez, o que chamou de genocídio na Faixa de Gaza. “Nada justifica a matança indiscriminada de milhares de mulheres e crianças e o uso da fome como arma de guerra [na Faixa de Gaza]. Ainda há países ainda que resistem em reconhecer o Estado palestino, o que evidencia sua seletividade na defesa do direito e da justiça”, acrescentou o chefe de Estado brasileiro.
A menção ao conflito em Gaza pode ser compreendida como uma indireta a Donald Trump, que chegou a defender, publicamente, transformar a região da Palestina num “resort”. Em fevereiro deste ano, por exemplo, o norte-americano divulgou um vídeo, gerado por inteligência artificial, que mostrava a Faixa de Gaza como complexo de resorts — uma proposta que Trump anunciou neste ano como a “Riviera do Oriente Médio”.
Lula parabeniza o Canadá por defesa “contundente” da soberania
O presidente Lula elogiou o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, por fazer uma “defesa contundente” da soberania do país. Lula não o citou o episódio diretamente, mas a afirmação faz referência às declarações de Trump. Recentemente, o presidente americano admitiu seu interesse em transformar o Canadá em um Estado dos EUA e não descartou tomar atitudes para retomar o controle do Canal do Panamá.
Lula foi convidado a participar da reunião de cúpula do G7 justamente pelo primeiro-ministro do Canadá.
“Eu quero lhe dar os parabéns pela vitória [na eleição]. E quero lhe dar os parabéns também pela sua defesa contundente em defesa da soberania do Canadá”, disse o presidente em vídeo divulgado nas suas redes sociais. Esta não é a primeira vez que Lula cutuca Trump. Desde que o norte-americano assumiu o comando da Casa Branca, o presidente brasileiro tem, repetidamente, criticado as “intervenções” feitas por Trump.
Durante o encontro, Lula também defendeu estreitar as relações entre Brasil e Canadá “na questão do clima” por conta da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a chamada COP30, a ser realizada em Belém (PA), em novembro de 2025.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender o fortalecimento da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira, como forma de coibir as diversas guerras que se espalham em diferentes regiões do planeta. Lula citou, como exemplo, os recentes ataques de Israel ao Irã, que, na opinião dele, irão deixar “consequências globais inestimáveis”. Como solução, Lula defendeu “devolver o protagonismo” à ONU”.
A defesa foi feita durante a participação do presidente brasileiro na cúpula do G7, grupo que reúne as principais potências globais do mundo. O encontro entre as nações acontece, nesta semana, em Calgary, no Canadá.
“Os recentes ataques de Israel ao Irã ameaçam fazer do Oriente Médio um único campo de batalha, com consequências globais inestimáveis. No Haiti, a comunidade internacional permanece indiferente ao cotidiano de caos e atrocidades perpetradas pelo crime organizado. Não subestimo a magnitude da tarefa de debelar todas essas ameaças. Mas é patente que o vácuo de liderança agrava esse quadro”, afirmou
“Estão sentados em torno desta mesa três membros permanentes do Conselho de Segurança e outras nações com tradição na defesa da paz. É o momento de devolver o protagonismo à ONU. É preciso que o Secretário-Geral lidere um grupo representativo de países comprometidos com a paz na tarefa de restituir à organização a prerrogativa de ser a casa do entendimento e do diálogo”, argumentou Lula.
Além disso, Lula ponderou, novamente, que os recursos financeiros gastos em guerra poderiam ser investidos no combate à fome. “Ano após ano, guerras e conflitos se acumulam. Gastos militares consomem anualmente o equivalente ao PIB da Itália. São US$ 2,7 trilhões que poderiam ser investidos no combate à fome e na transição justa. Todos nesta sala sabem que, no conflito na Ucrânia, nenhum dos lados conseguirá atingir seus objetivos pela via militar. Só o diálogo entre as partes pode conduzir a um cessar-fogo e pavimentar o caminho para uma paz duradoura”, criticou.
Por fim, Lula repudiou, mais uma vez, o que chamou de genocídio na Faixa de Gaza. “Nada justifica a matança indiscriminada de milhares de mulheres e crianças e o uso da fome como arma de guerra [na Faixa de Gaza]. Ainda há países ainda que resistem em reconhecer o Estado palestino, o que evidencia sua seletividade na defesa do direito e da justiça”, acrescentou o chefe de Estado brasileiro.
A menção ao conflito em Gaza pode ser compreendida como uma indireta a Donald Trump, que chegou a defender, publicamente, transformar a região da Palestina num “resort”. Em fevereiro deste ano, por exemplo, o norte-americano divulgou um vídeo, gerado por inteligência artificial, que mostrava a Faixa de Gaza como complexo de resorts — uma proposta que Trump anunciou neste ano como a “Riviera do Oriente Médio”.
Lula parabeniza o Canadá por defesa “contundente” da soberania
O presidente Lula elogiou o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, por fazer uma “defesa contundente” da soberania do país. Lula não o citou o episódio diretamente, mas a afirmação faz referência às declarações de Trump. Recentemente, o presidente americano admitiu seu interesse em transformar o Canadá em um Estado dos EUA e não descartou tomar atitudes para retomar o controle do Canal do Panamá.
Lula foi convidado a participar da reunião de cúpula do G7 justamente pelo primeiro-ministro do Canadá.
“Eu quero lhe dar os parabéns pela vitória [na eleição]. E quero lhe dar os parabéns também pela sua defesa contundente em defesa da soberania do Canadá”, disse o presidente em vídeo divulgado nas suas redes sociais. Esta não é a primeira vez que Lula cutuca Trump. Desde que o norte-americano assumiu o comando da Casa Branca, o presidente brasileiro tem, repetidamente, criticado as “intervenções” feitas por Trump.
Durante o encontro, Lula também defendeu estreitar as relações entre Brasil e Canadá “na questão do clima” por conta da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a chamada COP30, a ser realizada em Belém (PA), em novembro de 2025.
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