A novela Vale Tudo, criada e escrita por Gilberto Braga, em colaboração com Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, tinha como espinha dorsal a discussão da ética na sociedade brasileira. O remake da trama, que tem como autora principal Manuela Dias, com direção artística de Paulo Silvestrini, vem recebendo diversas críticas por se afastar em vários momentos desse caminho que guiou o telespectador de 1988 e norteia a memória afetiva de quem volta a acompanhar o drama dos Roitman e companhia em 2025.
Salvo um ou outro bom momento, o que se viu nesta última semana foi, sem dúvidas, o pior que se poderia fazer com um clássico como Vale Tudo. Sem querer ser hater da novela, que aliás já mereceu elogios por aqui por outros motivos, a coluna GENTE explica a seguir detalhadamente por que dessa dura afirmação – baseada em três cenas grotescas que foram recentemente ao ar.
Leia também: Os detalhes do restaurante secreto de ‘Vale Tudo’ fechado para obras
No capítulo exibido na sexta-feira, 13, a personagem Aldeíde, interpretada pela atriz Karine Teles, comprou um bebê reborn – tema que dominou as redes sociais nas últimas semanas. A boneca realista foi vendida pelos amigos trambiqueiros César (Cauã Reymond) e Olavo (Ricardo Teodoro). A cena foi patética, convenhamos. Adeíde surge encapuzada, de óculos escuros, como se estivesse comprando uma droga.
Na mesma noite, o público precisou assistir a um merchan da Uber inserido no folhetim. A sequência apresentou a personagem Daniela (Jéssica Marques) como uma nova motociclista parceira da plataforma. A jovem encontra no Uber Moto uma oportunidade flexível para gerar renda. A idealização da ação foi feita em parceria com a Globo e a agência Wieden+Kennedy SP. A cena mostra Daniela como a motociclista parceira de uma viagem de Uber Moto solicitada no aplicativo por Poliana (Matheus Nachtergaele), até o bairro de Vila Isabel, onde o núcleo vive. Ao chegar no destino, eles encontram Lucimar (Ingrid Gaigher), que reforça a opção de moto como um dos seus principais meios de transporte.
Curiosamente, as principais críticas por parte de quem trabalha com o aplicativo de mobilidade recaem para discussões da precarização do trabalho, que inclui a falta de garantia de salário mínimo e benefícios trabalhistas para os motoristas. Assunto, aliás, que seriam prato cheio a Gilberto Braga, autor original da novela.
Já no capítulo exibido na terça-feira, 10, Ivan (Renato Góes) lia uma matéria sobre o sarau de Celina (Malu Galli). Só que não apareceu em sua tela um site de notícias, mas um arquivo em PDF — o ícone do Google Drive, aplicativo usado para armazenar documentos – foi gritante. O deslize repercutiu entre os telespectadores, que não deixaram o detalhe passar despercebido. Se era merchan, surtiu efeito contrário. E onde ficam a ética e moral nisso tudo? Quando surgem cenas mal ajambradas como estas, ficam em segundo plano diante da repercussão negativa junto ao telespectador.
A novela Vale Tudo, criada e escrita por Gilberto Braga, em colaboração com Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, tinha como espinha dorsal a discussão da ética na sociedade brasileira. O remake da trama, que tem como autora principal Manuela Dias, com direção artística de Paulo Silvestrini, vem recebendo diversas críticas por se afastar em vários momentos desse caminho que guiou o telespectador de 1988 e norteia a memória afetiva de quem volta a acompanhar o drama dos Roitman e companhia em 2025.
Salvo um ou outro bom momento, o que se viu nesta última semana foi, sem dúvidas, o pior que se poderia fazer com um clássico como Vale Tudo. Sem querer ser hater da novela, que aliás já mereceu elogios por aqui por outros motivos, a coluna GENTE explica a seguir detalhadamente por que dessa dura afirmação – baseada em três cenas grotescas que foram recentemente ao ar.
Leia também: Os detalhes do restaurante secreto de ‘Vale Tudo’ fechado para obras
No capítulo exibido na sexta-feira, 13, a personagem Aldeíde, interpretada pela atriz Karine Teles, comprou um bebê reborn – tema que dominou as redes sociais nas últimas semanas. A boneca realista foi vendida pelos amigos trambiqueiros César (Cauã Reymond) e Olavo (Ricardo Teodoro). A cena foi patética, convenhamos. Adeíde surge encapuzada, de óculos escuros, como se estivesse comprando uma droga.
Na mesma noite, o público precisou assistir a um merchan da Uber inserido no folhetim. A sequência apresentou a personagem Daniela (Jéssica Marques) como uma nova motociclista parceira da plataforma. A jovem encontra no Uber Moto uma oportunidade flexível para gerar renda. A idealização da ação foi feita em parceria com a Globo e a agência Wieden+Kennedy SP. A cena mostra Daniela como a motociclista parceira de uma viagem de Uber Moto solicitada no aplicativo por Poliana (Matheus Nachtergaele), até o bairro de Vila Isabel, onde o núcleo vive. Ao chegar no destino, eles encontram Lucimar (Ingrid Gaigher), que reforça a opção de moto como um dos seus principais meios de transporte.
Curiosamente, as principais críticas por parte de quem trabalha com o aplicativo de mobilidade recaem para discussões da precarização do trabalho, que inclui a falta de garantia de salário mínimo e benefícios trabalhistas para os motoristas. Assunto, aliás, que seriam prato cheio a Gilberto Braga, autor original da novela.
Já no capítulo exibido na terça-feira, 10, Ivan (Renato Góes) lia uma matéria sobre o sarau de Celina (Malu Galli). Só que não apareceu em sua tela um site de notícias, mas um arquivo em PDF — o ícone do Google Drive, aplicativo usado para armazenar documentos – foi gritante. O deslize repercutiu entre os telespectadores, que não deixaram o detalhe passar despercebido. Se era merchan, surtiu efeito contrário. E onde ficam a ética e moral nisso tudo? Quando surgem cenas mal ajambradas como estas, ficam em segundo plano diante da repercussão negativa junto ao telespectador.