O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central encerrou o ciclo “muito bem” e com uma comunicação clara na decisão desta quarta-feira, que elevou a Selic em 0,25 ponto percentual, para 15% ao ano. “Se ele não entregasse uma alta de 0,25 ponto, teria encerrado mal, porque o mercado questionaria. Ele sinalizou verbalmente que deseja encerrar o ciclo, entregou a alta e adotou um comunicado que foi muito duro”, diz o chefe de estratégia macro e dívida pública da Warren Investimentos, Luis Felipe Vital. “Foi uma pausa ‘hawkish’ [dura], em que o Copom sinaliza que está parando de subir o juro, mas ameaça voltar a elevar caso tudo não saia como o planejado.”
Na visão de Vital, o principal ponto de preocupação do Copom foi o de não parecer fraco em um fim de ciclo, “ou já na sexta-feira o mercado começaria a precificar cortes”. “Com a indicação que não hesitará em fazer novos ajustes, ele tenta evitar que o mercado antecipe o debate sobre redução de juros por garantir que ficará com as taxas elevadas por bastante tempo”, afirma o estrategista.
Ele, inclusive, acredita que pode revisar a projeção para o início do ciclo de flexibilização monetária. No momento, a Warren trabalha com cortes nos juros que começam no primeiro trimestre do ano que vem. “Agora, talvez isso só ocorra no segundo trimestre de 2026, porque o BC mostrou muita disposição em manter os juros altos por bastante tempo. Se seguirmos a receita de 2015 ou a de 2022, seriam de sete a nove reuniões com a Selic parada.”
“Não significa que o BC está refém do mercado, mas sim que precisa convencer o mercado sobre sua estratégia para que os juros elevados não percam eficiência”, diz Vital. “Se a comunicação está clara de que os juros ficarão parados por bastante tempo e o mercado não precifica antecipadamente, o instrumento fica mais forte. É o que BC está tentando fazer ao evitar discussões antecipadas sobre cortes de juros.”
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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central encerrou o ciclo “muito bem” e com uma comunicação clara na decisão desta quarta-feira, que elevou a Selic em 0,25 ponto percentual, para 15% ao ano. “Se ele não entregasse uma alta de 0,25 ponto, teria encerrado mal, porque o mercado questionaria. Ele sinalizou verbalmente que deseja encerrar o ciclo, entregou a alta e adotou um comunicado que foi muito duro”, diz o chefe de estratégia macro e dívida pública da Warren Investimentos, Luis Felipe Vital. “Foi uma pausa ‘hawkish’ [dura], em que o Copom sinaliza que está parando de subir o juro, mas ameaça voltar a elevar caso tudo não saia como o planejado.”
Na visão de Vital, o principal ponto de preocupação do Copom foi o de não parecer fraco em um fim de ciclo, “ou já na sexta-feira o mercado começaria a precificar cortes”. “Com a indicação que não hesitará em fazer novos ajustes, ele tenta evitar que o mercado antecipe o debate sobre redução de juros por garantir que ficará com as taxas elevadas por bastante tempo”, afirma o estrategista.
Ele, inclusive, acredita que pode revisar a projeção para o início do ciclo de flexibilização monetária. No momento, a Warren trabalha com cortes nos juros que começam no primeiro trimestre do ano que vem. “Agora, talvez isso só ocorra no segundo trimestre de 2026, porque o BC mostrou muita disposição em manter os juros altos por bastante tempo. Se seguirmos a receita de 2015 ou a de 2022, seriam de sete a nove reuniões com a Selic parada.”
“Não significa que o BC está refém do mercado, mas sim que precisa convencer o mercado sobre sua estratégia para que os juros elevados não percam eficiência”, diz Vital. “Se a comunicação está clara de que os juros ficarão parados por bastante tempo e o mercado não precifica antecipadamente, o instrumento fica mais forte. É o que BC está tentando fazer ao evitar discussões antecipadas sobre cortes de juros.”
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