O Brasil avançou da 62° colocação para a 58ª posição em 2025 no Ranking Mundial de Competitividade elaborado pelo International Institute for Management Development (IMD), que conta com a colaboração do Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral (FDC). É o melhor posicionamento desde 2021, mas o país segue entre os últimos – a lista avalia 69 países.
A melhora foi impulsionada principalmente pelo desempenho econômico do país e por avanços na eficiência empresarial. Na análise de eficiência governamental, o subfator subsídios governamentais segue contribuindo positivamente para o Brasil no ranking do IMD e o total de atividade empreendedora em estágio inicial subiu quatro posições nessa subcategoria. Infraestrutura e sobretudo o subfator de energias renováveis também ajudam o país.
Contudo, questões como custo de capital e dívida corporativa, educação e habilidades linguísticas em nível baixo, pouca abertura econômica e ambiente regulatório ruim, além da falta de mão de obra qualificada, seguem jogando a posição geral do Brasil para o último pelotão da lista.
“Não há mudança estrutural. Não há nenhum motivo para comemorar, por exemplo, o aumento de carga tributária que o governo tem feito, principalmente inibindo o potencial de investimento de fundos. Estamos indo na contramão dos principais países que crescem nos rankings”, pontua Hugo Tadeu, diretor do núcleo de inovação e tecnologias digitais da Fundação Dom Cabral e líder da pesquisa no Brasil. Ele critica a proposta do governo federal de aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aumentar a arrecadação e cumprir as metas fiscais. “Estamos sufocando o ambiente empresarial brasileiro e dependendo cada vez mais do governo”, adiciona.
Segundo Tadeu, assim como praticamente todas as economias avaliadas no ranking, o Brasil tem pontos fortes e pontos fracos, com destaque negativo para a baixa qualidade da educação, Conforme mostram os dados, o Brasil ficou em último em relação à habilidades linguísticas, em penúltimo no quesito educação primária e secundária e antepenúltimo em educação em gestão e educação universitária.
“Temos fortalezas e fragilidades. O ideal é olhar para todos os dados do ranking e construir uma agenda. Do contrário, ano que vem o Brasil pode tanto subir uma posição ou cair para 60º. Ou resolvemos os problemas estruturais ou vamos continuar com voos de galinha e muito dependentes de setores baseados em exportação e exploração dos recursos naturais, enquanto os países bem colocados estão baseados em conhecimento e tecnologia”.
Já entre os destaques positivos, o relatório aponta que o Brasil ficou entre as dez melhores avaliações nos quesitos fluxo de investimento direto estrangeiro, crescimento de longo prazo do emprego, subsídios governamentais, atividade empreendedora em estágio inicial e energias renováveis.
Entre os países latino-americanos, o Brasil ainda aparece atrás de Chile (42º lugar), Colômbia (54º) e México (55º) no ranking geral. Argentina (62º) e Venezuela (69º) são os sul-americanos atrás, entre os que foram incluídos no ranking – o Uruguai não foi avaliado.
Ao observar o ranking inteiramente, Namíbia (68º), Nigéria (67º), Turquia (66º), Mongólia (65º) e África do Sul (64º) continuam enfrentando questões como instabilidade institucional, baixa integração econômica e infraestrutura precária.
Já no topo do ranking, a Suíça assumiu a liderança, depois de aparecer no segundo lugar no ano passado. Em seguida, estão Singapura (2º), que perdeu a primeira posição na lista geral, mas manteve a liderança em performance econômica e Hong Kong (3º), com avanços em eficiência empresarial e institucional. Dinamarca (4º) e Emirados Árabes Unidos (5º) completam o top cinco.
Os países que detêm os maiores Produtos Internos Brutos (PIB) do mundo estão fora do top dez do ranking de competitividade do IMD. Os Estados Unidos aparecem em 12º lugar, a China em 16º, a Alemanha em 19º e o Japão apenas em 35º.
“Olhamos para além do PIB no ranking. Analisamos fatores como comércio internacional, investimento direto, capacidade de gerar emprego e uma série de outras agendas”, explica Tadeu, apontando que todos os quesitos são divididos nos quatro principais fatores, que são performance econômica, eficiência governamental, eficiência empresarial e infraestrutura.
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O Brasil avançou da 62° colocação para a 58ª posição em 2025 no Ranking Mundial de Competitividade elaborado pelo International Institute for Management Development (IMD), que conta com a colaboração do Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral (FDC). É o melhor posicionamento desde 2021, mas o país segue entre os últimos – a lista avalia 69 países.
A melhora foi impulsionada principalmente pelo desempenho econômico do país e por avanços na eficiência empresarial. Na análise de eficiência governamental, o subfator subsídios governamentais segue contribuindo positivamente para o Brasil no ranking do IMD e o total de atividade empreendedora em estágio inicial subiu quatro posições nessa subcategoria. Infraestrutura e sobretudo o subfator de energias renováveis também ajudam o país.
Contudo, questões como custo de capital e dívida corporativa, educação e habilidades linguísticas em nível baixo, pouca abertura econômica e ambiente regulatório ruim, além da falta de mão de obra qualificada, seguem jogando a posição geral do Brasil para o último pelotão da lista.
“Não há mudança estrutural. Não há nenhum motivo para comemorar, por exemplo, o aumento de carga tributária que o governo tem feito, principalmente inibindo o potencial de investimento de fundos. Estamos indo na contramão dos principais países que crescem nos rankings”, pontua Hugo Tadeu, diretor do núcleo de inovação e tecnologias digitais da Fundação Dom Cabral e líder da pesquisa no Brasil. Ele critica a proposta do governo federal de aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aumentar a arrecadação e cumprir as metas fiscais. “Estamos sufocando o ambiente empresarial brasileiro e dependendo cada vez mais do governo”, adiciona.
Segundo Tadeu, assim como praticamente todas as economias avaliadas no ranking, o Brasil tem pontos fortes e pontos fracos, com destaque negativo para a baixa qualidade da educação, Conforme mostram os dados, o Brasil ficou em último em relação à habilidades linguísticas, em penúltimo no quesito educação primária e secundária e antepenúltimo em educação em gestão e educação universitária.
“Temos fortalezas e fragilidades. O ideal é olhar para todos os dados do ranking e construir uma agenda. Do contrário, ano que vem o Brasil pode tanto subir uma posição ou cair para 60º. Ou resolvemos os problemas estruturais ou vamos continuar com voos de galinha e muito dependentes de setores baseados em exportação e exploração dos recursos naturais, enquanto os países bem colocados estão baseados em conhecimento e tecnologia”.
Já entre os destaques positivos, o relatório aponta que o Brasil ficou entre as dez melhores avaliações nos quesitos fluxo de investimento direto estrangeiro, crescimento de longo prazo do emprego, subsídios governamentais, atividade empreendedora em estágio inicial e energias renováveis.
Entre os países latino-americanos, o Brasil ainda aparece atrás de Chile (42º lugar), Colômbia (54º) e México (55º) no ranking geral. Argentina (62º) e Venezuela (69º) são os sul-americanos atrás, entre os que foram incluídos no ranking – o Uruguai não foi avaliado.
Ao observar o ranking inteiramente, Namíbia (68º), Nigéria (67º), Turquia (66º), Mongólia (65º) e África do Sul (64º) continuam enfrentando questões como instabilidade institucional, baixa integração econômica e infraestrutura precária.
Já no topo do ranking, a Suíça assumiu a liderança, depois de aparecer no segundo lugar no ano passado. Em seguida, estão Singapura (2º), que perdeu a primeira posição na lista geral, mas manteve a liderança em performance econômica e Hong Kong (3º), com avanços em eficiência empresarial e institucional. Dinamarca (4º) e Emirados Árabes Unidos (5º) completam o top cinco.
Os países que detêm os maiores Produtos Internos Brutos (PIB) do mundo estão fora do top dez do ranking de competitividade do IMD. Os Estados Unidos aparecem em 12º lugar, a China em 16º, a Alemanha em 19º e o Japão apenas em 35º.
“Olhamos para além do PIB no ranking. Analisamos fatores como comércio internacional, investimento direto, capacidade de gerar emprego e uma série de outras agendas”, explica Tadeu, apontando que todos os quesitos são divididos nos quatro principais fatores, que são performance econômica, eficiência governamental, eficiência empresarial e infraestrutura.
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