A Fundação IFRS deu mais um passo rumo à consolidação de uma linguagem global para as divulgações de sustentabilidade nos mercados de capitais. Segundo a instituição, 36 mercados no mundo já adotaram, utilizam ou estão em fase final de incorporação das normas ISSB S1 e S2 nas estruturas regulatórias.
Para mapear e comparar a evolução, o órgão divulgou nesta quinta-feira (12) um conjunto inicial de 17 perfis jurisdicionais que detalham o estágio de adoção dessas normas em diferentes geografias. As normas do Conselho Internacional de Padrões de Sustentabilidade (ISSB, na sigla em inglês) foram criadas em 2021 pela Fundação IFRS para padronizar as divulgações de sustentabilidade no mercado financeiro.
A publicação dos perfis, descrita como um marco fundamental, tem como objetivo oferecer maior transparência aos investidores e apoiar a criação de uma base global para relatórios de sustentabilidade. “As normas ISSB estão trazendo clareza para os investidores sobre os riscos e oportunidades presentes nas cadeias de valor em um mundo em rápida mudança”, afirmou o presidente do ISSB, Emmanuel Faber, em nota.
Em coletiva de imprensa, a vice-presidente do ISSB, Sue Lloyd, explicou que os perfis refletem os diferentes estágios de decisão das jurisdições quanto à adoção das normas, indicando metas declaradas e exigências já em vigor.
Dentre os 17 perfis publicados, 14 jurisdições estabeleceram a meta de adoção total das Normas ISSB — entre elas, o Brasil e o Canadá. No caso brasileiro, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi pioneira ao recomendar a adoção voluntária dos padrões a partir do exercício social de 2024, e a obrigatoriedade a partir dos exercícios iniciados em 1º de janeiro de 2026.
O Japão adotou uma abordagem parcial, enquanto outras duas jurisdições – Austrália e Jordânia – focam inicialmente na adoção dos requisitos climáticos (Norma S2), e Bangladesh avalia uma incorporação parcial voltada ao setor bancário.
Segundo Lloyd, embora a maioria das jurisdições esteja avançando, algumas enfrentam desafios, como Coreia do Sul e Singapura. A interoperabilidade com outros padrões internacionais foi apontada como um ponto crítico para garantir a efetividade e comparabilidade das informações divulgadas.
Os perfis são publicados quando a abordagem regulatória de uma jurisdição está finalizada e não depende mais de consultas públicas, em linha com o processo já adotado pelo IASB — o conselho irmão do ISSB, mas para normas internacionais de contabilidade.
Essas informações detalhadas servem de referência para investidores, preparadores de relatórios, auditores, reguladores e outras partes interessadas. Também ajudam a identificar onde há necessidade de capacitação e suporte técnico por parte de bancos multilaterais de desenvolvimento.
A expectativa da IFRS Foundation é ampliar progressivamente a lista de perfis publicados, à medida que novas jurisdições finalizarem suas decisões regulatórias. O objetivo final é construir uma base de informações de sustentabilidade sólida e globalmente comparável, fortalecendo a tomada de decisão por parte dos investidores e facilitando o acesso a capital para empresas em todo o mundo.
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A Fundação IFRS deu mais um passo rumo à consolidação de uma linguagem global para as divulgações de sustentabilidade nos mercados de capitais. Segundo a instituição, 36 mercados no mundo já adotaram, utilizam ou estão em fase final de incorporação das normas ISSB S1 e S2 nas estruturas regulatórias.
Para mapear e comparar a evolução, o órgão divulgou nesta quinta-feira (12) um conjunto inicial de 17 perfis jurisdicionais que detalham o estágio de adoção dessas normas em diferentes geografias. As normas do Conselho Internacional de Padrões de Sustentabilidade (ISSB, na sigla em inglês) foram criadas em 2021 pela Fundação IFRS para padronizar as divulgações de sustentabilidade no mercado financeiro.
A publicação dos perfis, descrita como um marco fundamental, tem como objetivo oferecer maior transparência aos investidores e apoiar a criação de uma base global para relatórios de sustentabilidade. “As normas ISSB estão trazendo clareza para os investidores sobre os riscos e oportunidades presentes nas cadeias de valor em um mundo em rápida mudança”, afirmou o presidente do ISSB, Emmanuel Faber, em nota.
Em coletiva de imprensa, a vice-presidente do ISSB, Sue Lloyd, explicou que os perfis refletem os diferentes estágios de decisão das jurisdições quanto à adoção das normas, indicando metas declaradas e exigências já em vigor.
Dentre os 17 perfis publicados, 14 jurisdições estabeleceram a meta de adoção total das Normas ISSB — entre elas, o Brasil e o Canadá. No caso brasileiro, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi pioneira ao recomendar a adoção voluntária dos padrões a partir do exercício social de 2024, e a obrigatoriedade a partir dos exercícios iniciados em 1º de janeiro de 2026.
O Japão adotou uma abordagem parcial, enquanto outras duas jurisdições – Austrália e Jordânia – focam inicialmente na adoção dos requisitos climáticos (Norma S2), e Bangladesh avalia uma incorporação parcial voltada ao setor bancário.
Segundo Lloyd, embora a maioria das jurisdições esteja avançando, algumas enfrentam desafios, como Coreia do Sul e Singapura. A interoperabilidade com outros padrões internacionais foi apontada como um ponto crítico para garantir a efetividade e comparabilidade das informações divulgadas.
Os perfis são publicados quando a abordagem regulatória de uma jurisdição está finalizada e não depende mais de consultas públicas, em linha com o processo já adotado pelo IASB — o conselho irmão do ISSB, mas para normas internacionais de contabilidade.
Essas informações detalhadas servem de referência para investidores, preparadores de relatórios, auditores, reguladores e outras partes interessadas. Também ajudam a identificar onde há necessidade de capacitação e suporte técnico por parte de bancos multilaterais de desenvolvimento.
A expectativa da IFRS Foundation é ampliar progressivamente a lista de perfis publicados, à medida que novas jurisdições finalizarem suas decisões regulatórias. O objetivo final é construir uma base de informações de sustentabilidade sólida e globalmente comparável, fortalecendo a tomada de decisão por parte dos investidores e facilitando o acesso a capital para empresas em todo o mundo.
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