“Elias é um sujeito que, após escapar de uma situação criminosa no Rio, vai para o Ceará e se casa com uma dançarina local. Ele compra um hotel, e, portanto, essa mulher também se torna uma proprietária, uma empreendedora. Tudo isso acontece em um ambiente de exercício de poder, que é um lugar meio incômodo. Esse sujeito nunca vai se sentir amado porque ele não está ali com nenhuma disponibilidade para entrar na cultura, para estar aberto a outras maneiras de pensar. É um sujeito autoritário, e o motel que ele administra acaba forjando sua personalidade. Esse ambiente de confinamento vai gerando angústias e medos. Então, ele se torna uma figura desencaixada em um lugar de ilegalidade e perigo”, explica o ator.