Ela se refere, por exemplo, aos episódios de racismo que sofreu no curso de direito da PUC-SP. “Durante muito tempo, fui a única aluna negra da sala e sofri violências tanto dos alunos como dos professores. No começo, não queriam fazer trabalho comigo porque tinham medo que eu roubasse algo na casa deles. Não tive vida acadêmica, não fiz amigos. ”No último ano da faculdade, começou a estagiar em uma multinacional. “Todas as minhas colegas brancas foram efetivadas, mas eu e um colega negro não. Comecei a procurar emprego e não encontrava. Voltei para a multinacional, mas para a área de suprimentos, que não era a minha. Saí com crise de ansiedade por conta do racismo que sofria lá. Decidi voltar a trabalhar como advogada. Eu e umas amigas compramos uma maquininha de cartão para atender às pessoas em vulnerabilidade que, via de regra, não pagavam nossos honorários. Fui fazer trabalho voluntário na Defensoria Pública e a conta não fechava. Nessa busca, encontrei o terceiro setor.”
Ela se refere, por exemplo, aos episódios de racismo que sofreu no curso de direito da PUC-SP. “Durante muito tempo, fui a única aluna negra da sala e sofri violências tanto dos alunos como dos professores. No começo, não queriam fazer trabalho comigo porque tinham medo que eu roubasse algo na casa deles. Não tive vida acadêmica, não fiz amigos. ”No último ano da faculdade, começou a estagiar em uma multinacional. “Todas as minhas colegas brancas foram efetivadas, mas eu e um colega negro não. Comecei a procurar emprego e não encontrava. Voltei para a multinacional, mas para a área de suprimentos, que não era a minha. Saí com crise de ansiedade por conta do racismo que sofria lá. Decidi voltar a trabalhar como advogada. Eu e umas amigas compramos uma maquininha de cartão para atender às pessoas em vulnerabilidade que, via de regra, não pagavam nossos honorários. Fui fazer trabalho voluntário na Defensoria Pública e a conta não fechava. Nessa busca, encontrei o terceiro setor.”