Estúdio tira do ar trailer de 'Megalopolis' por usar citações falsas de críticos: 'Vacilamos'

Filme bancado pelo próprio Francis Ford Coppola era aberto com duras críticas feitas a clássicos do diretor, como ‘O poderoso chefão’ e ‘Apocalypse now’. As frases, no entanto, eram todas inventadas. Trailer de ‘Megalopolis’, de Francis Ford Coppola, usa citações falsas de críticos; VEJA
O estúdio Lionsgate retirou do ar o trailer de “Megalopolis”, novo filme de Francis Ford Coppola (“O poderoso chefão”), e admitiu que usou citações falsas de críticos na abertura do vídeo nesta quarta-feira (21). Assista ao original acima.
“Lionsgate está imediatamente recolhendo nosso trailer de ‘Megalopolis’, afirmou um porta-voz da empresa à revista “Variety”.
“Oferecemos nossas sinceras desculpas aos críticos envolvidos e a Francis Ford Coppola e à American Zoetrope (estúdio do diretor) por esse erro imperdoável em nosso processo de verificação. Nós vacilamos. Sentimos muito.”
A prévia havia recebido elogios desde sua publicação pela manhã ao mostrar o que dizia serem duras críticas a clássicos do cineasta na época de seus respectivos lançamentos, como o próprio “O poderoso chefão” (1972), “Apocalypse now” (1979) e “Drácula de Bram Stoker” (1992).
Com isso, o trailer tentava traçar um paralelo entre os filmes e “Megalopolis”, megaprodução financiada pelo próprio diretor que foi recebida de forma pouco amigável no Festival de Cannes, em maio.
A ideia era de que Coppola sempre esteve à frente de seu tempo, e que suas obras envelhecem melhor do que as palavras dos críticos.
O problema é que, ao longo do dia, diversos veículos americanos descobriram que nenhuma das citações era verdadeira.
“Mesmo que você seja uma das pessoas que não gostam de críticos, nós dificilmente merecemos que palavras sejam colocadas em nossas bocas”, afirmou o crítico da “Variety”, Owen Gleiberman.
Ele é citado no trailer dizendo que “Drácula” é “uma bagunça linda”.
“Mas, também, o escândalo trivial nisso tudo é que todo o trailer de ‘Megalopolis’ é construído em uma narrativa falsa.”