Em três das capitais pesquisadas, os eleitores defendem o uso de armas pela guarda municipal. A exceção fica para o Rio de Janeiro, onde 57% diz ser contra a medida. Concurso é para contrataão da primeira turma da Guarda Civil Municipal em Rorainópolis
Reprodução/Fundação Ajuri
Pesquisa Quaest divulgada na quarta-feira (18) trouxe nova rodada de intenção de votos para prefeito de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife. No questionário, os eleitores responderam também sobre a utilização das guardas municipais no combate ao crime e se a corporação deveria trabalhar armada ou não.
De acordo com o instituto, a população é favorável ao armamento em três das quatro capitais pesquisadas. Apenas no Rio de Janeiro o eleitor disse ser contra a Guarda Municipal se armar.
📍 São Paulo
Numericamente, a cidade de São Paulo é a capital pesquisada que mais se posiciona a favor do uso de armas de fogo. Entre os entrevistados, 60% dizem ser a favor do uso de arma de fogo pela Guarda Civil Metropolitana, enquanto 35% diz ser contra e 5% não souberam ou não responderam. Desde 2022, a GCM utiliza, inclusive, carabinas e fuzis.
📍 Recife
Na capital pernambucana, 58% dizem ser a favor da guarda municipal utilizar armas, 36% se dizem contra e, 6% não souberam ou não responderam. Atualmente, o Recife tem quase 1,7 mil profissionais na Guarda Municipal e cidade não tem, atualmente, um plano de regulamentação do uso de armas pelo efetivo.
Na campanha eleitoral, alguns candidatos do Recife têm se mostrado favoráveis à implementação do armamento para tentar reduzir a violência.
📍 Belo Horizonte
O número de Belo Horizonte é similar ao do Recife. Na capital mineira, 58% dos eleitores também dizem ser favoráveis ao armamento da guarda municipal, ante 37% que são contra e 5% que não souberam ou não responderam.
O porte de armas pela guarda é permitido em Belo Horizonte desde 2015. E, para conseguir a permissão, é preciso fazer exames de manejo, uso e capacidade psicológica.
📍 Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, 57% dos entrevistados se dizem contra o uso de arma de fogo pela Guarda Municipal, enquanto 38% se dizem a favor e 5% não souberam ou não responderam.
Na cidade, um projeto de emenda à Lei Orgânica do município foi apresentado em 2018 e já entrou em pauta pelo menos 20 vezes, mas nunca chegou a ser votado. A versão atual da proposta prevê a criação de grupamentos especiais armados, sem o uso por toda a corporação.
Como as pesquisas foram feitas
Belo Horizonte – A Quaest, contratada pela Globo, realizou 1.002 entrevistas com eleitores de 16 anos ou mais entre os dias 15 e 17 de setembro. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número MG-07539/2024;
Recife – A Quaest, contratada pela Globo, realizou 900 entrevistas com eleitores de 16 anos ou mais entre os dias 15 e 17 de setembro. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número PE-09154/2024;
Rio de Janeiro – A Quaest, contratada pela Globo, realizou 1.140 entrevistas com eleitores de 16 anos ou mais entre os dias 15 e 17 de setembro. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número RJ-02944/2024;
São Paulo – .A Quaest, contratada pela Globo, realizou 1.200 entrevistas com eleitores de 16 anos ou mais entre os dias 15 e 17 de setembro. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número SP-00281/2024.