Viola Davis está acostumada a fazer história. A atriz de 59 anos, natural da Carolina do Sul e graduada pela Juilliard, começou sua carreira no palco, ganhando um Tony Award em 2001 por seu papel em King Hedley II, de August Wilson. Após alguns papéis pequenos, mas memoráveis, no cinema e na TV, ela teve sua grande virada como uma mãe cheia de medo em Dúvida (2008), trabalho que lhe rendeu uma indicação ao Oscar.
Desde então, ela se tornou a primeira pessoa negra a conquistar a “tríplice coroa” da atuação: ganhou um segundo Tony em 2010 pela reinterpretação de Fences na Broadway, foi a primeira mulher negra a levar para casa o Emmy de melhor atriz em série dramática por Como Defender um Assassino (2014 a 2020) e, finalmente, conquistou o Oscar de melhor atriz coadjuvante pelo seu trabalho na adaptação cinematográfica de Fences dirigida por Denzel Washington (2016).
Não é à toa que ela continua sendo muito premiada. Durante o Globo de Ouro, que aconteceu no domingo passado, ela recebeu prêmio Cecil B. DeMille de Melhor Contribuição ao Mundo do Entretenimento. Abaixo, celebramos a pioneira relembrando seus melhores papéis até aqui:
Antwone Fisher – Livre para Sonhar (2002)
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O drama catártico de Denzel Washington, baseado na história real de um marinheiro (Derek Luke) nascido na prisão, criado em um lar adotivo abusivo e que entra na Marinha dos Estados Unidos em busca de propósito, termina com um doloroso reencontro com sua mãe (Davis), que o abandonou. A interpretação sutil de Viola vai te fazer chorar.
Com apenas oito minutos de tela, Davis transmite o choque, a frustração, a dor e o desespero de uma mãe cujo filho pode estar sendo abusado por um padre no tenso drama de John Patrick Shanley. Ela chega a ofuscar sua parceira de cena, a venerável Meryl Streep, que interpreta uma freira suspeita.
Histórias Cruzadas (2011)
Davis já afirmou que se arrependeu de ter aceitado o papel de uma empregada devota no filme de Tate Taylor, uma representação excessivamente simplista das relações raciais no Mississippi dos anos 1960, porque “não foram as vozes das empregadas que foram ouvidas.” No entanto, o filme é válido por sua atuação detalhada e medida, na qual é possível sentir a dor dela por trás de cada suspiro e sorriso apático.
Antes de Denis Villeneuve alcançar destaque com Sicario (2015) e Arrival (2016), ele dirigiu este suspense tenso, que acompanha o desaparecimento de duas meninas. Como uma das mães, Viola está paralisada pelo arrependimento, mas depois se torna resoluta em sua missão de encontrá-las, a qualquer custo.
Get on Up – A História de James Brown (2014)
No eletrizante biografia sobre o ícone da soul James Brown (Chadwick Boseman), o filme de Tate Taylor passeia entre o passado traumático de Brown e seu sucesso posterior. Presente de forma fugaz em ambas as fases da vida dele, está a interpretação de Davis como sua mãe, que o abandona e, anos depois, retorna, cheia de apreensão.
Como Defender um Assassino (2014-2020)
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Ao longo de seis temporadas emocionantes do drama jurídico de Peter Nowalk, Davis brilha no papel de Annalise Keating, uma advogada criminal sem rodeios e professora, cujos alunos acabam se envolvendo em seus casos. Ela é confiante, alegre e sexy, mas também implacável, manipuladora e intrinsecamente falha.
Esquadrão Suicida (2016)
Quem mais além de Davis conseguiria manter um bando de vilões sob controle? No blockbuster divisivo de David Ayer, no papel da astuta funcionária do governo Amanda Waller, ela irradia autoridade com seu olhar vazio e instinto mortal inigualável, provando que não precisa de superpoderes para conseguir o que quer.
A poesia em movimento é a única maneira de descrever Davis na encenação reverente de Denzel Washington para a obra-prima premiada com o Pulitzer de August Wilson. Como a esposa compassiva de um sonhador imprudente que a trai, ela se desfaz de maneira espetacular e descarrega 18 anos de mágoas.
Quando um roubo de alto risco dá errado, as parceiras dos homens mortos no incidente são forçadas a planejar um roubo por conta própria para pagar uma dívida a um gângster no eletrizante filme de Steve McQueen. Davis é a líder relutante do grupo, uma mulher ainda abalhada pela perda e impulsionada por uma necessidade urgente de sobreviver.
A Voz Suprema do Blues (2020)
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Desde o momento em que Davis aparece na tela no melodrama vibrante de George C. Wolfe, adornada com joias, brandindo penas e sorrindo com seus dentes de ouro, ela exala carisma. Sua interpretação da lendária cantora de blues titular, como apresentada na peça de August Wilson, torna o filme imperdível.
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Regal e determinada, carregando cicatrizes de batalha e empunhando um facão, Davis se transforma em uma estrela de ação formidável no épico histórico de Gina Prince-Bythewood, interpretando uma general africana mortal do século XIX. Ela deixou o papel com mais indicações — aos BAFTA, Golden Globes, SAGs e Critics’ Choice Awards — e o respeito duradouro da indústria.
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Viola Davis está acostumada a fazer história. A atriz de 59 anos, natural da Carolina do Sul e graduada pela Juilliard, começou sua carreira no palco, ganhando um Tony Award em 2001 por seu papel em King Hedley II, de August Wilson. Após alguns papéis pequenos, mas memoráveis, no cinema e na TV, ela teve sua grande virada como uma mãe cheia de medo em Dúvida (2008), trabalho que lhe rendeu uma indicação ao Oscar.
Desde então, ela se tornou a primeira pessoa negra a conquistar a “tríplice coroa” da atuação: ganhou um segundo Tony em 2010 pela reinterpretação de Fences na Broadway, foi a primeira mulher negra a levar para casa o Emmy de melhor atriz em série dramática por Como Defender um Assassino (2014 a 2020) e, finalmente, conquistou o Oscar de melhor atriz coadjuvante pelo seu trabalho na adaptação cinematográfica de Fences dirigida por Denzel Washington (2016).
Não é à toa que ela continua sendo muito premiada. Durante o Globo de Ouro, que aconteceu no domingo passado, ela recebeu prêmio Cecil B. DeMille de Melhor Contribuição ao Mundo do Entretenimento. Abaixo, celebramos a pioneira relembrando seus melhores papéis até aqui:
Antwone Fisher – Livre para Sonhar (2002)
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O drama catártico de Denzel Washington, baseado na história real de um marinheiro (Derek Luke) nascido na prisão, criado em um lar adotivo abusivo e que entra na Marinha dos Estados Unidos em busca de propósito, termina com um doloroso reencontro com sua mãe (Davis), que o abandonou. A interpretação sutil de Viola vai te fazer chorar.
Com apenas oito minutos de tela, Davis transmite o choque, a frustração, a dor e o desespero de uma mãe cujo filho pode estar sendo abusado por um padre no tenso drama de John Patrick Shanley. Ela chega a ofuscar sua parceira de cena, a venerável Meryl Streep, que interpreta uma freira suspeita.
Histórias Cruzadas (2011)
Davis já afirmou que se arrependeu de ter aceitado o papel de uma empregada devota no filme de Tate Taylor, uma representação excessivamente simplista das relações raciais no Mississippi dos anos 1960, porque “não foram as vozes das empregadas que foram ouvidas.” No entanto, o filme é válido por sua atuação detalhada e medida, na qual é possível sentir a dor dela por trás de cada suspiro e sorriso apático.
Antes de Denis Villeneuve alcançar destaque com Sicario (2015) e Arrival (2016), ele dirigiu este suspense tenso, que acompanha o desaparecimento de duas meninas. Como uma das mães, Viola está paralisada pelo arrependimento, mas depois se torna resoluta em sua missão de encontrá-las, a qualquer custo.
Get on Up – A História de James Brown (2014)
No eletrizante biografia sobre o ícone da soul James Brown (Chadwick Boseman), o filme de Tate Taylor passeia entre o passado traumático de Brown e seu sucesso posterior. Presente de forma fugaz em ambas as fases da vida dele, está a interpretação de Davis como sua mãe, que o abandona e, anos depois, retorna, cheia de apreensão.
Como Defender um Assassino (2014-2020)
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Ao longo de seis temporadas emocionantes do drama jurídico de Peter Nowalk, Davis brilha no papel de Annalise Keating, uma advogada criminal sem rodeios e professora, cujos alunos acabam se envolvendo em seus casos. Ela é confiante, alegre e sexy, mas também implacável, manipuladora e intrinsecamente falha.
Esquadrão Suicida (2016)
Quem mais além de Davis conseguiria manter um bando de vilões sob controle? No blockbuster divisivo de David Ayer, no papel da astuta funcionária do governo Amanda Waller, ela irradia autoridade com seu olhar vazio e instinto mortal inigualável, provando que não precisa de superpoderes para conseguir o que quer.
A poesia em movimento é a única maneira de descrever Davis na encenação reverente de Denzel Washington para a obra-prima premiada com o Pulitzer de August Wilson. Como a esposa compassiva de um sonhador imprudente que a trai, ela se desfaz de maneira espetacular e descarrega 18 anos de mágoas.
Quando um roubo de alto risco dá errado, as parceiras dos homens mortos no incidente são forçadas a planejar um roubo por conta própria para pagar uma dívida a um gângster no eletrizante filme de Steve McQueen. Davis é a líder relutante do grupo, uma mulher ainda abalhada pela perda e impulsionada por uma necessidade urgente de sobreviver.
A Voz Suprema do Blues (2020)
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